Os golpes de 1964 e 2016: poder, espetáculo, simulacro

Autores

  • Cláudio Novaes Pinto Coelho Faculdade Cásper Líbero

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1982-677X.rum.2017.133404

Palavras-chave:

Debord, Baudrillard, Folha de S.Paulo

Resumo

A proposta principal deste trabalho é a realização de uma análise comparativa dos golpes de 1964 e 2016 sob a perspectiva de uma reflexão a respeito das relações entre comunicação e política. Os conceitos de poder espetacular desenvolvidos por Debord são a base para a análise dos golpes. A visão de Baudrillard a respeito do processo comunicacional de simulação e de produção de simulacros também será incorporada ao trabalho, mediante apropriação crítica. O pensamento de Florestan Fernandes sobre a sociedade brasileira, em especial sua visão sobre a existência de uma autocracia burguesa, será utilizado para confronto entre os conceitos de Debord e de Baudrillard e as particularidades da história brasileira. Editoriais da Folha de S.Paulo fornecerão material para a investigação dos vínculos entre a atuação da mídia e a presença do poder espetacular e do processo de simulação e de produção de espetáculos nas conjunturas históricas de 1964 e 2016.

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Biografia do Autor

  • Cláudio Novaes Pinto Coelho, Faculdade Cásper Líbero
    Professor do Programa de Pós-Graduação da Faculdade Cásper Libero. Doutor em Sociologia pela Universidade de São Paulo.

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Publicado

2017-11-23

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Os golpes de 1964 e 2016: poder, espetáculo, simulacro. RuMoRes, [S. l.], v. 11, n. 22, p. 224–249, 2017. DOI: 10.11606/issn.1982-677X.rum.2017.133404. Disponível em: https://revistas.usp.br/Rumores/article/view/133404.. Acesso em: 19 abr. 2024.