Anotações sobre a modernidade líquida em Once Upon a Time

Autores

  • Marcos Aleksander Brandão Universidade Anhembi Morumbi
  • Laura Canepa Universidade Anhembi Morumbi

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1982-677X.rum.2017.134324

Palavras-chave:

Televisão, séries, EUA, Once upon a time, modernidade líquida

Resumo

Este trabalho discute o seriado televisivo Once Upon a Time, da rede de televisão estadunidense ABC, que realiza uma releitura contemporânea dos contos de fadas. Sugere-se que aspectos da modernidade líquida descritos pelo sociólogo Zygmunt Bauman – como fluidez, fragmentação, incerteza e volatilidade – afetam e ajudam a moldar peças audiovisuais de sucesso, como a série em questão. Consideramos que, em Once Upon a Time, esses aspectos se expressam por meio de duas estratégias principais: a divisão do mundo diegético em mundos paralelos e a reinvenção de personagens de narrativas tradicionais. A partir dessas estratégias, a série traça o caminho da sua protagonista, Emma Swan, que busca dar sentido à existência num mundo atravessado por imaginários construídos pelos produtos midiáticos e também por noções instáveis de identidade, história e passado.

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Biografia do Autor

  • Marcos Aleksander Brandão, Universidade Anhembi Morumbi
    Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Anhembi Morumbi (UAM).
  • Laura Canepa, Universidade Anhembi Morumbi
    Docente do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Anhembi Morumbi (UAM).

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Publicado

2017-11-23

Edição

Seção

Dossiê

Como Citar

Anotações sobre a modernidade líquida em Once Upon a Time. RuMoRes, [S. l.], v. 11, n. 22, p. 158–181, 2017. DOI: 10.11606/issn.1982-677X.rum.2017.134324. Disponível em: https://revistas.usp.br/Rumores/article/view/134324.. Acesso em: 28 mar. 2024.