Por um jornalismo transformativo

dinâmicas do reconhecimento em Presos que menstruam

Autores

  • Juliana Gusman Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1982-677X.rum.2019.160574

Palavras-chave:

Reportagem, reconhecimento, reflexividade, feminismo, gênero

Resumo

Pretendemos problematizar como experiências inscritas no âmbito da reportagem, as quais objetivam representar corpos femininos não normativos por meio de uma abordagem autorreflexiva e posicionada, podem dialogar com a noção de reconhecimento antipredicativo. A partir de comentários sobre a obra Presos que menstruam, escrita por Nana Queiroz, cuja perspectiva é marcadamente feminista, iremos discorrer sobre sua ação política no âmbito de um reconhecimento transformativo e desidentitário, sobre a importância de desnaturalizar a generificação violenta dos corpos e sobre os inevitáveis limites destes esforços no campo jornalístico.

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Biografia do Autor

  • Juliana Gusman, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

    Mestre em Comunicação Social pela PUC Minas. Bacharel em Comunicação Social – Jornalismo pela mesma instituição. Membro do grupo de pesquisa Mídia e Narrativa e da rede de pesquisa Metacrítica.

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Publicado

2019-12-12

Edição

Seção

Dossiê

Como Citar

Por um jornalismo transformativo: dinâmicas do reconhecimento em Presos que menstruam. RuMoRes, [S. l.], v. 13, n. 26, p. 146–168, 2019. DOI: 10.11606/issn.1982-677X.rum.2019.160574. Disponível em: https://revistas.usp.br/Rumores/article/view/160574.. Acesso em: 28 mar. 2024.