Obscenidade e jogos de interdição

Autores

  • Andrea Limberto Leite Escola de Comunicações e Artes da USP (ECA-USP).

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1982-677X.rum.2011.51236

Palavras-chave:

Obsceno, interdição, visibilidade midiática.

Resumo

A determinação do que seja obsceno está intimamente ligada à dinâmica da visibilidade. Se entendermos o visível como o domínio onde é possível uma hierarquização regrada de conteúdos, o obsceno representa, então, o momento do choque, do acinte em que a ordem do visível é rompida. Revela-se uma curiosidade pelo que outrora era encoberto. Entendemos, da mesma forma, que, no caminho inverso, o sentido do que seja obsceno regula a atividade normal dos conteúdos nas mídias. Pretendemos, neste artigo, fazer uma reflexão sobre a determinação da visibilidade e da obscenidade como categorias privilegiadas para pensar a estrutura da seleção de informações e de processos em que ela tenha de passar por um crivo: a autoria, a legislação, a censura. Nossa perspectiva teórica trata as questões da dinâmica da enunciação, em que as categorias observadas são maneiras de dizer. Não consideramos, assim, a existência de um conteúdo a ser interdito em si.  

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Biografia do Autor

  • Andrea Limberto Leite, Escola de Comunicações e Artes da USP (ECA-USP).
    Doutora pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da Escola de Comunicações e Artes da USP.

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Publicado

2011-06-18

Edição

Seção

Artigos