Para fazer rir na TV

fabulação narrativa do humor entre as teorias da disjunção e disparidade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1982-677X.rum.2019.146078

Palavras-chave:

Humor, isotopia, narrativa, ficção seriada, disparidade

Resumo

Este artigo se propõe a verificar como o efeito do humor é produzido a partir da observação de exemplos advindos de segmentos da ficção seriada televisiva – em Arrested Development, Friends e Studio 60. No meio audiovisual também se pode observar que as situações cômicas são fabuladas sob organização linear, na qual duas extrapolações temáticas colidem numa incongruência, tal como prevê a análise textual das piadas proposta por Salvatore Attardo com seu modelo de disjunção isotópica (isotopy disjunction model). Considerando que a linearidade pressupõe ruptura e surpresa, se faz possível aproximar a noção de disjunção com a de disparidade narrativa concebida por Edward Branigan no exame da geração do riso.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Wanderley Anchieta, Universidade Federal Fluminense

    Doutorando e mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal Fluminense (UFF). Desenvolve pesquisas sobre visualidade, atenção e fabulação narrativa, ademais de atmosferas e cores em games e no audiovisual. É membro do Grupo de Pesquisa em Análise da Fotografia e das Narrativas Visuais e Gráficas (Grafo/ Navi) (UFF/CNPq).

Referências

ALJARED, A. The Isotopy Disjunction Model. In: ATTARDO, Salvatore (org.). The Routledge Handbook of Language and Humor. Nova Iorque: Routledge, 2017.

ATTARDO, S. Linguistic Theories of Humor. Nova Iorque: Mounton de Gruyter, 1994.

BRANIGAN, E. Narrative Comprehension and Film. Nova Iorque: Routledge, 2006.

BRÉMOND, C. “La logique des possibles narratifs”. Communications, n. 8, 1966. Disponível em: < https://bit.ly/2Ja5AMc >. Acesso em: 18 março 2018.

CHATMAN, S. Story and Discourse: narrative strutcture in Fiction and Film. Ithaca: Cornell University Press, 1978.

CHŁOPICKI, W. Humor and Narrative. In: ATTARDO, Salvatore (org.). The Routledge Handbook of Language and Humor. Nova Iorque: Routledge, 2017.

THOMPSON, K. “The Concept of Cinematic Excess”. Ciné-tracts, vol. 1, no. 2, 1977. Disponível em: < http://www.jstor.org/stable/1772358 >. Acesso em: 10 março 2018.

ECO, U. “Two Problems in Textual Interpretation”. Poetics Today, vol. 2, 1a., pp. 145-161, 1980.

_______. Seis passeios pelo bosque da ficção. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.

FORABOSCO, G. “Cognitive aspects of the humor process: the concept of incongruity”. Humor, 5-1/2, pp. 45-68, 1992. Disponível em: < https://bit.ly/2IU9Vmr >. Acesso em: 18 fevereiro 2018.

FORSTER, E. M. Aspects of the novel. Orlando: Harcourt, 1955.

GLUSCEVSKIJ, D. “Methodological issues and prospects of semiotics of humour”. Sign System Studies, 45(1/2), pp. 137-15, 2017. Disponível em: < http://bit.ly/2Geff2d >. Acesso em: 25 fevereiro 2018.

HOUAISS, A. Dicionário Eletrônico Houaiss Da Língua Portuguesa [Versão 3.0. CD-ROM]. Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 2009.

PROPP, V. I. Morfologia do Conto Maravilhoso. Rio de Janeiro: Forense, 1984.

SULS, J. Cognitive Processes in humor Appreciation. In: McGhee, P. E.; GOLSTEIN, J. H. (orgs.). Handbook of Humor Research. Nova Iorque: Springer –Verlag, 1983.

VOLLI, U. Manual de Semiótica. São Paulo: Edições Loyola, 2007.

Downloads

Publicado

2019-06-13

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Para fazer rir na TV: fabulação narrativa do humor entre as teorias da disjunção e disparidade. RuMoRes, [S. l.], v. 13, n. 25, p. 280–301, 2019. DOI: 10.11606/issn.1982-677X.rum.2019.146078. Disponível em: https://revistas.usp.br/Rumores/article/view/146078.. Acesso em: 16 abr. 2024.