Formas bastardas: reportagem e vida anônima

Autores

  • Marcio Serelle Professor do programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da PUC-MG, coordenador do grupo Mídia e Narrativa, da mesma instituição, e pesquisador do CNPq. marcio.serelle@gmail.com.

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1982-677X.rum.2014.83562

Palavras-chave:

Reportagem, visibilidade, anonimato, campo.

Resumo

A reportagem tem sido considerada, desde sua ascensão na modernidade, uma “forma bastarda”, por sua condição híbrida entre ficção e narração do fato. Este artigo sustenta, a partir da investigação da própria noção de bastardia, que há uma articulação entre o “gênero impuro” de algumas reportagens e sua orientação para iluminar a vida anônima social, em sua precariedade. Como textos de intervenção,  essas narrativas instauram sua própria ordem do sensível – que se difere da do literário – ao jogarem luz sobre espaços e pessoas invisíveis socialmente. Chega-se, assim, neste ensaio, à noção deslocadora de “campo” em Giorgio Agamben (2010), como zonas de exceção em nossa sociedade, habitadas pela vida aquém da cidadania, e que a reportagem contemporânea persevera em denunciar.

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Publicado

2014-08-09

Edição

Seção

Dossiê

Como Citar

Formas bastardas: reportagem e vida anônima. RuMoRes, [S. l.], v. 8, n. 15, p. 27–38, 2014. DOI: 10.11606/issn.1982-677X.rum.2014.83562. Disponível em: https://revistas.usp.br/Rumores/article/view/83562.. Acesso em: 29 mar. 2024.