A sexualidade no envelhecer: um estudo com idosos em reabilitação

Autores

  • Renata Maria Ortiz de Silva Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2317-0190.v10i3a102454

Palavras-chave:

Sexualidade, Reabilitação, Idoso

Resumo

O objetivo deste estudo descritivo foi caracterizar os participantes do Grupo de Educação a Saúde (GES) da Divisão de Medicina de Reabilitação da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (DMRHCFMUSP) quanto à prática de atividade sexual de idosos, identificando as alterações na função sexual e expectativas dos mesmos com relação à sexualidade. Para a coleta de dados utilizou-se instrumento especifico, com três partes, na primeira foram informados dados sócio-demográficos; nas demais partes tanto homens quanto mulheres foram questionados quanto a regiões do corpo onde preferiam a estimulação sexual, a freqüência da atividade sexual e formas de obtenção de prazer. Para os homens foram direcionadas questões específicas sobre ereção, ejaculação. Para mulheres investigou-se a ocorrência de orgasmos e libido, bem como aspectos fisiológicos envolvidos no ato sexual. Nossa amostra foi de 36 pacientes, cuja média de idade era 70 a 75 anos, sendo 31 mulheres (86%). Quanto ao estado civil: 16 eram viúvos (44%) 10 casados (28%); 5 solteiros (14%) e 5 divorciados (14%). Os dados apontam que 12 dos participantes praticam sexo de 0 a 3 vezes por semana.Em relação à freqüência das atividades sexuais 77% participantes julgaram-na satisfatória e 21 afirmaram sentir prazer (81%). O estudo permitiu a verificação das características peculiares da atividade sexual em idosos, servindo como base para investigações clínicas aprofundadas a partir das quais abordagens mais amplas podem ser implementadas.

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Publicado

2003-12-09

Edição

Seção

Artigo Original

Como Citar

1.
Silva RMO de. A sexualidade no envelhecer: um estudo com idosos em reabilitação. Acta Fisiátr. [Internet]. 9º de dezembro de 2003 [citado 19º de abril de 2024];10(3):107-12. Disponível em: https://revistas.usp.br/actafisiatrica/article/view/102454