A quantificação do trabalho mecânico como recurso de avaliação do controle postural

Autores

  • Pedro Cláudio Gonsales de Castro Instituto de Medicina Física e Reabilitação HCFMUSP
  • Daniel Boari Coelho Instituto de Medicina Física e Reabilitação HCFMUSP
  • Daniel Gustavo Goroso Instituto de Medicina Física e Reabilitação HCFMUSP
  • José Augusto Fernandes Lopes Instituto de Medicina Física e Reabilitação HCFMUSP
  • Maria Cecília dos Santos Moreira Cecília dos Santos Moreira Instituto de Medicina Física e Reabilitação HCFMUSP

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2317-0190.v16i4a103274

Palavras-chave:

Equilíbrio Postural, Biomecânica, Reabilitação

Resumo

O estudo tem por objetivo propor dois métodos de cálculo para a quantificaçao do trabalho mecânico (W) como recurso para análise do controle postural em indivíduos submetidos a perturbaçoes motoras, visuais e/ou que estao em processo de reabilitaçao física. Neste estudo se aborda a quantificaçao do W realizado pelo sistema muscular após a extensao do tronco para postura ereta (auto-perturbaçao) em indivíduos com visao preservada (VP) e privaçao momentânea da visao (PMV) por meio de dois métodos denominados: i) Trabalho mecânico total (Wtot) e ii) Trabalho mecânico do centro de massa (WCM). A amostra constituiu-se de 10 voluntários saudáveis, do sexo masculino com idades de 25,6 (± 2,2) anos. Foram realizadas cinco tentativas para cada voluntário em ambas as condiçoes. Para coleta dos dados foi utilizado um sistema de imagem para rastreamento optoeletrônico tridimensional, composto de 8 câmeras de vídeo, com freqüência de captaçao de 200 Hz. Observou-se pela análise de regressao linear que o Wtot e WCM apresentam forte correlaçao entre as duas condiçoes (r2 = 0,77 para a condiçao VP e r2 = 0,84 para a condiçao PMV) e pelo teste t de Student observou-se diferenças estatisticamente significativas (p<0,10) na primeira tentativa entre os voluntários com VP e PMV para o Wtot durante o intervalo pós-perturbaçao, bem como diferenças no WCM nos intervalos [0,80]ms e [0,100]ms. Concluiu-se que os métodos que calculam o Wtot e o WCM possibilita investigar o controle postural após perturbaçoes motoras e visuais podendo ser utilizado como recurso na reabilitaçao física.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Freitas SMSF, Duarte M. Métodos de análise do controle postural. São Paulo: Labor. de Biofísica; 2006.

de Sèze M, Wiart L, Bon-Saint-Côme A, Debelleix X, de Sèze M, Joseph PA, et al. Rehabilitation of postural disturbances of hemiplegic patients by using trunk control retraining during exploratory exercises. Arch Phys Med Rehabil. 2001;82(6):793-800.

Gomes BM, Nardoni GCG, Lopes PG, Godoy E. O efeito da técnica de reeducação postural global em um paciente hemiplégico após acidente vascular encefálico. Acta Fisiatr. 2006;13(2):103-108. Doi: https://doi.org/10.5935/0104-7795.20060001

Robertson DGE, Galdwell GE, Hamill J, Kamen G, Whittlesey SN. Research methods in biomechanics. Champaign: Human Kinetics; 2004.

Winter DA. Biomechanics and motor control. 3 ed. Hoboken: Wiley; 2005.

Salvini TF. Movimento articular aspectos morfológicos e funcionais: membro superior. Barueri: Manole; 2005.

Arampatzis A, Knicker A, Metzler V, Brüggemann GP. Mechanical power in running: a comparison of different approaches. J Biomech. 2000;33(4):457-63.

Teixeira LA. Controle motor. Barueri: Manole; 2006.

Dempster WT. Space requirements of the seated operator: geometrical, kinematc, and mechanical aspects of the body with special reference to the limbs.Wright-Patterson Air Force Base; WADC Thechnical Report; 1955. p.55-159.

Costa RMCL, Castro PCG, Goroso DG, Lopes JAF. Criterion to identify the interval auto-perturbation in quiet position. In: 5ª Conferencia Internacional de la Facultad de Ingeniería Eléctrica de la Universidad de Oriente; 2008; Santiago, Cuba. Anais. Santiago: Facultad de Ingeniería Eléctrica de la Universidad de Oriente; 2008. p. 1-5.

Costa RMCL, Goroso DG, Lopes JAF. Análise de variáveis estilográficas globais na extensão de tronco para a postura ereta. In: 21º Congresso Brasileiro de Engenharia Biomédica; 2008; Salvador.Anais. Rio de Janeiro: Sociedade Brasileira de Engenharia Biomédica; 2008. p. 1607-10.

Bittencourt D, Goroso GG, Fernandes JAL. EMG Amplitude on the trunk extension performed with different visual conditions. In: 5ª Conferencia Internacional de la Facultad de Ingeniería Eléctrica de la Universidad de Oriente; 2008; Santiago, Cuba. Anais. Santiago: Facultad de Ingeniería Eléctrica de la Universidad de Oriente; 2008. p. 1-2.

Callegari-jacques SM. Bioestatística: princípios e aplicações. Porto Alegre: Artmed; 2003.

Shumway-Cook A, Woollacott MH. Controle motor: teoria e aplicações práticas. São Paulo: Manole; 2003.

Kandel ER. Princípios da neurociência. 4 ed. Barueri: Manole; 2003.

Schade F,Arampatzis A, Brüggemann G. Influence of different approaches for calculating the athlete's mechanical energy on energetic parameters in the pole vault. J Biomech. 2000;33(10):1263-8.

Diener HC, Dichgans J, Guschlbauer B, Bacher M. Role of visual and static vestibular influences on dynamic posture control. Hum Neurobiol. 1986;5(2):105-13.

Dietz V,Trippel M, Horstmann GA. Significance off proprioceptive and vestibulo-spinal reflexes in the control of stance and gait. In: Patla AE. Adaptability of human gait. Amstersam: Elsevier; 1991, p.37-52.

Downloads

Publicado

2009-12-09

Edição

Seção

Artigo Original

Como Citar

1.
Castro PCG de, Coelho DB, Goroso DG, Lopes JAF, Moreira MC dos SMC dos S. A quantificação do trabalho mecânico como recurso de avaliação do controle postural. Acta Fisiátr. [Internet]. 9º de dezembro de 2009 [citado 19º de abril de 2024];16(4):179-85. Disponível em: https://revistas.usp.br/actafisiatrica/article/view/103274