Adaptação da pessoa após acidente vascular encefálico e seu cuidador: ambiente domiciliar, cadeira de rodas e de banho
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2317-0190.v17i4a103385Palavras-chave:
Acidente Cerebral Vascular, Atividades Cotidianas, Estruturas de Acesso, Cadeiras de RodasResumo
O acidente vascular encefálico causa incapacidade funcional. O envolvimento dos familiares influencia na recuperação dos pacientes e as barreiras arquitetônicas no domicílio dificultam a acessibilidade. O estudo qualitativo procurou identificar as dificuldades das pessoas após o acidente vascular encefálico em relação às barreiras arquitetônicas, ao manuseio da cadeira de rodas e de banho, por meio de entrevista semi-estruturada e roteiro de medidas de acessibilidade. Nove pacientes e seus cuidadores foram entrevistados e da análise dos discursos emergiram três categorias empíricas: acessibilidade andando, acessibilidade com a cadeira de rodas e de banho e o papel das orientações. As principais barreiras encontradas foram os corredores estreitos e circulação interna inadequada. As barreiras arquitetônicas dificultam o uso da cadeira de rodas e de banho no domicílio, sobrecarregando os cuidadores. O conhecimento da realidade destas pessoas facilita programas de orientações de atividades de vida diária centradas na realidade.
Downloads
Referências
Greenberg DA, Aminoff MS, Simon RP. Acidente cérebro-vascular. In: Greenberg DA, Aminoff MS, Si- Simon RP. Neurologia clínica. Porto Alegre: Artes médicas; 1996. p. 273-306.
Murray CJL, Lopez AD. Mortality by cause for eight regions of the world: global burden of disease study. Lancet. 1997;349(9061):1269-76.
Benseñor I, Lotufo P. A incidência do acidente vascular cerebral no Brasil [texto na Internet]. São Paulo: HowStuffWorks [citado em 2009 jul 28]. Disponível em: http://saude.hsw.uol.com.br/avc-epidemiologia5.htm
André C. Manual de AVC. Rio de Janeiro: Revinter; 1999.
Bocchi SCM. O papel do enfermeiro como educador junto à cuidadores familiares de pessoas com AVC. Rev Bras Enferm. 2004;57(5):569-73.
Radanovic M. Características do atendimento de pacientes com acidente vascular cerebral em hospital secundário. Arq Neuropsiquiatria. 2000;58(1):99-106.
Lui MH, Ross FM, Thompson DR. Supporting family caregivers in stroke care: a review of the evidence for problem solving. Stroke. 2005;36(11):2514-22.
Silva LR. Home care for the chronically ill: a self-care health system. Cad Saúde Pública. 2004;20(2):618-25.
Karsch UM. Idosos dependentes: família e cuidadores. Cad Saúde Pública 2003;19(3):861-6.
Makiyama TY, Battisttela LR, Litvoc J, Martins LC. Estudo sobre a qualidade de vida de pacientes hemiplégicos por acidente vascular cerebral e de seus cuidadores. Acta Fisiatr. 2004;11(3):106-9.
Perlini NMOG, Faro ACM. Cuidar de pessoa incapacitada por acidente vascular cerebral no domicílio: o fazer do cuidador familiar. Rev Esc Enferm da USP. 2005;39(2):154-63.
Wachters-Kaufmann CS, Schuling J. Patient information after a stroke: the needs in relation to the different phases. Ned Tijdschr Geneeskd. 2004;148(1):4-6.
Von Koch L, Widen-Holmqvist L, Kostulas V, Almazan J, De Pedro CJ. A randomized controlled trial of rehabilitation at home after stroke in southwest Stockholm: outcome at six months. Scand J Rehabil Med. 2000;32(2):80-6.
Associação Brasileira de Normas Técnicas. Acessibilidade e edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos - NBR 9050. Rio de Janeiro: ABNT; 2004.
Vasconcelos LR, Pagliuca LMF. Mapeamento da acessibilidade do portador de limitação física a serviços básicos de saúde. Esc Anna Nery Rev Enferm. 2006;10(3):494-500.
Pagliuca LMF, Aragão AEA, Almeida PC. Acessibilidade e deficiência física: identificação de barreiras arquitetônicas em áreas internas de hospitais de Sobral, Ceará. Rev Esc Enferm da USP. 2007;41(4):581-8.
Souza FR, Peres RF. Análise da acessibilidade e as possíveis dificuldades quanto às barreiras arquitetônicas no ambiente domiciliar de pacientes cadeirantes por esclerose lateral amiotrófica: uma revisão da literatura [monografia]. São Paulo: Universidade Federal de São Paulo; 2007.
Valenza T. Home sweet home modification. Rehab Management. 2007;20(5):14-9.
Makay NS. A universal concept. Rehab Management. 2006;19(9):14-5.
Pynoos J, Overton J. A changing environment. Rehab Management. 2003;16(2):38-42.
Mendonça FF, Garanhani M.L, Martins VL. Cuidador familiar de sequelados de acidente vascular cerebral: significado e implicações. Physis - Rev Saúde Coletiva. 2008;18(1):143-58.
Minayo MCS. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. São Paulo: Hucitec; 1992.
Manzini EJ. Considerações sobre a elaboração de roteiro para entrevista semi-estruturada. In: Marquezine MC, Almeida MA, Omote S. Colóquios sobre pesquisa em Educação Especial. Londrina: Eduel; 2003. p. 11-26.
Martins J, Bicudo MAV. A pesquisa qualitativa em psicologia: fundamentos e recursos básicos. São Paulo: Centauro; 2005.
Davies PM. Hemiplegia: tratamento para pacientes após AVC e outras lesões cerebrais. São Paulo: Nacional; 2008.
White CL, Korner-Bitensky N, Rodrigue N, Rosmus C, Sourial R, Lambert S, et al. Barriers and facilitators to caring for individuals with stroke in the community: the family>s experience. Can J Neurosci Nurs. 2007;29(2):5-12.
Brito ES, Rabinovich EP. A família também adoece: mudanças secundárias à ocorrência de um acidente vascular encefálico na família. Interface - Comun Saúde Educ. 2008;12(27):783-94.
Luce M. Relato de experiência na utilizaçäo de novas tecnologias simplificadas de enfermagem na moradia. Rev Bras Enferm. 1993;46(3/4):337-42.
Rudman DL, Hebert D, Reid D. Living in a restricted occupational world: The occupational experiences of stroke survivors who are wheelchair users and their caregivers. Can J Occup Ther. 2006;73(3):141-52.
Permsirivanich W, Piravej K, Kuptniratsaikul V, Juntawises U, Ma-A- Lee A, Tepchatyotin S. Factors Influencing Home Modification of Stroke Patients. J Med Assoc Thai. 2009;92(1):46-58.
Fujisawa DS, Garanhani MR, Capelari EDP, Lima AC. A orientação na prática fisioterapêutica. In: Mar-n: Marquezine MC, Almeida MA, Busto RM, Tanaka EDO. Educação física, atividades motoras e lúdicas e acessibilidade de pessoas com necessidades especiais. Londrina: Eduel; 2003. p. 49-58.
Pierce LL, Steiner V, Govoni AL, Hicks B, Thompson TLC, Friedemann ML. Internet-based support for rural caregivers of persons with stroke shows promise. Rehabil Nurs. 2004;29(3):95-9.
Pound P, Gompertz P, Ebrahim S. A patient-centred study of the consequences of stroke. Clin Rehabil. 1998;12(4):338-47.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2010 Acta Fisiátrica
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.