Adaptação da pessoa após acidente vascular encefálico e seu cuidador: ambiente domiciliar, cadeira de rodas e de banho

Autores

  • Márcia Regina Garanhani Universidade Estadual de Londrina
  • Jaqueline Frazão Alves Universidade Estadual de Londrina
  • Dirce Shizuko Fugisawa Universidade Estadual de Londrina
  • Mara Lúcia Garanhani Universidade Estadual de Londrina

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2317-0190.v17i4a103385

Palavras-chave:

Acidente Cerebral Vascular, Atividades Cotidianas, Estruturas de Acesso, Cadeiras de Rodas

Resumo

O acidente vascular encefálico causa incapacidade funcional. O envolvimento dos familiares influencia na recuperação dos pacientes e as barreiras arquitetônicas no domicílio dificultam a acessibilidade. O estudo qualitativo procurou identificar as dificuldades das pessoas após o acidente vascular encefálico em relação às barreiras arquitetônicas, ao manuseio da cadeira de rodas e de banho, por meio de entrevista semi-estruturada e roteiro de medidas de acessibilidade. Nove pacientes e seus cuidadores foram entrevistados e da análise dos discursos emergiram três categorias empíricas: acessibilidade andando, acessibilidade com a cadeira de rodas e de banho e o papel das orientações. As principais barreiras encontradas foram os corredores estreitos e circulação interna inadequada. As barreiras arquitetônicas dificultam o uso da cadeira de rodas e de banho no domicílio, sobrecarregando os cuidadores. O conhecimento da realidade destas pessoas facilita programas de orientações de atividades de vida diária centradas na realidade.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Greenberg DA, Aminoff MS, Simon RP. Acidente cérebro-vascular. In: Greenberg DA, Aminoff MS, Si- Simon RP. Neurologia clínica. Porto Alegre: Artes médicas; 1996. p. 273-306.

Murray CJL, Lopez AD. Mortality by cause for eight regions of the world: global burden of disease study. Lancet. 1997;349(9061):1269-76.

Benseñor I, Lotufo P. A incidência do acidente vascular cerebral no Brasil [texto na Internet]. São Paulo: HowStuffWorks [citado em 2009 jul 28]. Disponível em: http://saude.hsw.uol.com.br/avc-epidemiologia5.htm

André C. Manual de AVC. Rio de Janeiro: Revinter; 1999.

Bocchi SCM. O papel do enfermeiro como educador junto à cuidadores familiares de pessoas com AVC. Rev Bras Enferm. 2004;57(5):569-73.

Radanovic M. Características do atendimento de pacientes com acidente vascular cerebral em hospital secundário. Arq Neuropsiquiatria. 2000;58(1):99-106.

Lui MH, Ross FM, Thompson DR. Supporting family caregivers in stroke care: a review of the evidence for problem solving. Stroke. 2005;36(11):2514-22.

Silva LR. Home care for the chronically ill: a self-care health system. Cad Saúde Pública. 2004;20(2):618-25.

Karsch UM. Idosos dependentes: família e cuidadores. Cad Saúde Pública 2003;19(3):861-6.

Makiyama TY, Battisttela LR, Litvoc J, Martins LC. Estudo sobre a qualidade de vida de pacientes hemiplégicos por acidente vascular cerebral e de seus cuidadores. Acta Fisiatr. 2004;11(3):106-9.

Perlini NMOG, Faro ACM. Cuidar de pessoa incapacitada por acidente vascular cerebral no domicílio: o fazer do cuidador familiar. Rev Esc Enferm da USP. 2005;39(2):154-63.

Wachters-Kaufmann CS, Schuling J. Patient information after a stroke: the needs in relation to the different phases. Ned Tijdschr Geneeskd. 2004;148(1):4-6.

Von Koch L, Widen-Holmqvist L, Kostulas V, Almazan J, De Pedro CJ. A randomized controlled trial of rehabilitation at home after stroke in southwest Stockholm: outcome at six months. Scand J Rehabil Med. 2000;32(2):80-6.

Associação Brasileira de Normas Técnicas. Acessibilidade e edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos - NBR 9050. Rio de Janeiro: ABNT; 2004.

Vasconcelos LR, Pagliuca LMF. Mapeamento da acessibilidade do portador de limitação física a serviços básicos de saúde. Esc Anna Nery Rev Enferm. 2006;10(3):494-500.

Pagliuca LMF, Aragão AEA, Almeida PC. Acessibilidade e deficiência física: identificação de barreiras arquitetônicas em áreas internas de hospitais de Sobral, Ceará. Rev Esc Enferm da USP. 2007;41(4):581-8.

Souza FR, Peres RF. Análise da acessibilidade e as possíveis dificuldades quanto às barreiras arquitetônicas no ambiente domiciliar de pacientes cadeirantes por esclerose lateral amiotrófica: uma revisão da literatura [monografia]. São Paulo: Universidade Federal de São Paulo; 2007.

Valenza T. Home sweet home modification. Rehab Management. 2007;20(5):14-9.

Makay NS. A universal concept. Rehab Management. 2006;19(9):14-5.

Pynoos J, Overton J. A changing environment. Rehab Management. 2003;16(2):38-42.

Mendonça FF, Garanhani M.L, Martins VL. Cuidador familiar de sequelados de acidente vascular cerebral: significado e implicações. Physis - Rev Saúde Coletiva. 2008;18(1):143-58.

Minayo MCS. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. São Paulo: Hucitec; 1992.

Manzini EJ. Considerações sobre a elaboração de roteiro para entrevista semi-estruturada. In: Marquezine MC, Almeida MA, Omote S. Colóquios sobre pesquisa em Educação Especial. Londrina: Eduel; 2003. p. 11-26.

Martins J, Bicudo MAV. A pesquisa qualitativa em psicologia: fundamentos e recursos básicos. São Paulo: Centauro; 2005.

Davies PM. Hemiplegia: tratamento para pacientes após AVC e outras lesões cerebrais. São Paulo: Nacional; 2008.

White CL, Korner-Bitensky N, Rodrigue N, Rosmus C, Sourial R, Lambert S, et al. Barriers and facilitators to caring for individuals with stroke in the community: the family>s experience. Can J Neurosci Nurs. 2007;29(2):5-12.

Brito ES, Rabinovich EP. A família também adoece: mudanças secundárias à ocorrência de um acidente vascular encefálico na família. Interface - Comun Saúde Educ. 2008;12(27):783-94.

Luce M. Relato de experiência na utilizaçäo de novas tecnologias simplificadas de enfermagem na moradia. Rev Bras Enferm. 1993;46(3/4):337-42.

Rudman DL, Hebert D, Reid D. Living in a restricted occupational world: The occupational experiences of stroke survivors who are wheelchair users and their caregivers. Can J Occup Ther. 2006;73(3):141-52.

Permsirivanich W, Piravej K, Kuptniratsaikul V, Juntawises U, Ma-A- Lee A, Tepchatyotin S. Factors Influencing Home Modification of Stroke Patients. J Med Assoc Thai. 2009;92(1):46-58.

Fujisawa DS, Garanhani MR, Capelari EDP, Lima AC. A orientação na prática fisioterapêutica. In: Mar-n: Marquezine MC, Almeida MA, Busto RM, Tanaka EDO. Educação física, atividades motoras e lúdicas e acessibilidade de pessoas com necessidades especiais. Londrina: Eduel; 2003. p. 49-58.

Pierce LL, Steiner V, Govoni AL, Hicks B, Thompson TLC, Friedemann ML. Internet-based support for rural caregivers of persons with stroke shows promise. Rehabil Nurs. 2004;29(3):95-9.

Pound P, Gompertz P, Ebrahim S. A patient-centred study of the consequences of stroke. Clin Rehabil. 1998;12(4):338-47.

Downloads

Publicado

2010-12-09

Edição

Seção

Artigo Original

Como Citar

1.
Garanhani MR, Alves JF, Fugisawa DS, Garanhani ML. Adaptação da pessoa após acidente vascular encefálico e seu cuidador: ambiente domiciliar, cadeira de rodas e de banho. Acta Fisiátr. [Internet]. 9º de dezembro de 2010 [citado 23º de abril de 2024];17(4):164-8. Disponível em: https://revistas.usp.br/actafisiatrica/article/view/103385