Fatores associados à independência funcional de idosos residentes em instituição de longa permanência

Autores

  • Fernanda Macedo Pereira Instituto de Ensino e Pesquisa Albert Einstein
  • Mariela Besse Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP

Palavras-chave:

Idoso, Avaliação Geriátrica, Instituição de Longa Permanência para Idosos

Resumo

O objetivo do estudo foi conhecer o perfil da independência funcional de idosos em uma instituição de longa permanência, através das associações entre as variáveis sociodemográficas (idade, gênero, escolaridade, e tempo de institucionalização) e as variáveis clínicas (motivo da internação, medicação, quantidade de doenças e hipótese diagnóstica), verificando se há impacto na independência funcional de acordo com o escore da MIF (medida de independência funcional) motora, cognitiva social e total. Realizou-se um estudo clínico quantitativo, do tipo descritivo analítico com corte transversal, retrospectivo por meio de investigação de fontes indiretas de dados (prontuários), no período de julho e agosto de 2010 numa instituição de longa permanência para idosos no município de São Paulo. Constatou-se que o maior grau de dependência funcional está associado aos idosos do sexo feminino, naqueles com idade superior ou igual a 80 anos, nos que têm escolaridade inferior a 8 anos, naqueles com 37 à 47 meses de institucionalização, nos que foram institucionalizados por vontade da família, naqueles que possuem de 7 à 9 doenças , nos que utilizam um número maior ou igual a 15 medicações e naqueles que sofrem de neoplasias. Concluiu-se que mais estudos devem ser realizados, para que se possa ampliar o conhecimento e obter mais clareza sobre a associação do processo de institucionalização da população idosa com os fatores associados à independência funcional.

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Publicado

2011-06-09

Edição

Seção

Artigo Original

Como Citar

1.
Pereira FM, Besse M. Fatores associados à independência funcional de idosos residentes em instituição de longa permanência. Acta Fisiátr. [Internet]. 9º de junho de 2011 [citado 25º de abril de 2024];18(2):66-70. Disponível em: https://revistas.usp.br/actafisiatrica/article/view/103599