Grau de incapacidade física na população idosa afetada pela hanseníase no estado da Bahia, Brasil

Autores

  • Carlos Dornels Freire de Souza Universidade Federal de Alagoas – UFAL https://orcid.org/0000-0003-0837-8254
  • Tania Rita Moreno de Oliveira Fernandes Centro de Referência em Hanseníase Dr. Altino Lemos Santiago
  • Thais Silva Matos Faculdade São Francisco de Juazeiro – FASJ
  • José Maurício Ribeiro Filho Faculdade São Francisco de Juazeiro – FASJ
  • Grayce Kelly Alencar de Almeida Faculdade São Francisco de Juazeiro – FASJ
  • Jefferson César Bezerra Lima Faculdade São Francisco de Juazeiro – FASJ
  • Adriana Rodrigues Sousa Santos Faculdade São Francisco de Juazeiro – FASJ
  • Bruna Ângela Antonelli Faculdade São Francisco de Juazeiro – FASJ
  • Denilson José de Oliveira Faculdade São Francisco de Juazeiro – FASJ

DOI:

https://doi.org/10.5935/0104-7795.20170006

Palavras-chave:

Hanseníase, Imunidade, Pessoas com Deficiência, Idoso

Resumo

Objetivo: Analisar o grau de incapacidade física na população idosa afetada pela hanseníase no estado da Bahia, entre 2001 e 2012. Métodos: Os dados referentes aos casos de hanseníase foram obtidos do Sistema Nacional de Agravos de Notificação. Variáveis analisadas: sexo, faixa etária, raça/cor, escolaridade, classificação clínica e operacional, grau de incapacidade física no diagnóstico e na alta. Foram calculados indicadores epidemiológicos relacionados à incapacidade física. Resultados: A hanseníase apresenta elevada magnitude na população idosa, com coeficiente de detecção de casos novos superior ao da população geral, situando-se em nível hiperendêmico. Quanto ao perfil epidemiológico da hanseníase em idosos, destaca-se: homens, faixa etária 60 a 69 anos, raça branca, baixa escolaridade, forma clínica dimorfa e classificação operacional multibacilar. 36,25% dos casos diagnosticados apresentavam incapacidade física no momento do diagnóstico, com destaque para o gênero masculino. Conclusão: A elevada proporção de indivíduos com incapacidades físicas no momento do diagnóstico sugere diagnóstico tardio e prevalência oculta da doença, sobretudo em indivíduos do gênero masculino.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Sousa ARD, Costa CO, Queiroz HMC, Gonçalves PES, Gonçalves HS. Hanseníase simulando erupção liquenóide: relato de caso e revisão de literatura. An Bras Dermatol, 2010;85(2):221-3. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0365-05962010000200014

Conti JO, Almeida SND, Almeida JA. Prevenção de incapacidades em hanseníase: relato de caso. Salusvita. 2013;32(2):163-74.

Lana FC, Fabri Ada C, Lopes FN, Carvalho AP, Lanza FM. Deformities due to leprosy in children under fifteen years old as an indicator of quality of the leprosy control programme in Brazilian municipalities. J Trop Med. 2013;2013:812793. DOI: http://dx.doi.org/10.1155/2013/812793

Henry M, GalAn N, Teasdale K, Prado R, Amar H, Rays MS, et al. Factors contributing to the delay in diagnosis and continued transmission of leprosy in Brazil - an explorative, quantitative, questionnaire based study. PLoS Negl Trop Dis. 2016;10(3):e0004542. DOI: http://dx.doi.org/10.1371/journal.pntd.0004542

Penna ML, Oliveira ML, Penna GO. The epidemiological behaviour of leprosy in Brazil. Lepr Rev. 2009;80(3):332-44.

Ribeiro Júnior AF, Caldeira AP, Vieira MA. Perfil epidemiológico da hanseníase em uma cidade endêmica no Norte de Minas Gerais. Rev Bras Clin Med. São Paulo, 2012;10(4):272-7.

Souza CDF. Aspectos históricos das políticas públicas de enfrentamento à hanseníase: do mundo ao novo mundo. Rev Exp Acad. 2016;2(2):180-94.

Brasil. Boletins epidemiológicos da situação da hanseníase no Brasil. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2016.

World Health Organization. Guia global: cidade amiga do idoso. Genebra: WHO; 2008.

Brasil. Lei n. 8.842 de 4 de Janeiro de 1994. Dispõe sobre a política nacional do idoso, cria o Conselho Nacional do Idoso e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília (DF): 1994 Jan 5; Seção 1:77-9.

Esquenazi DA. Imunossenescência: As alterações do sistema imunológico provocadas pelo Envelhecimento. Rev Hosp Universitário Pedro Ernesto. 2008;7(1):38-45.

Oliveira VM. Levantamento epidemiológico da hanseníase no Estado de Pernambuco, Brasil, 2001 a 2010 [texto na Internet]. In: VI Congresso Norte Nordeste de Pesquisa e Inovação; 2012 Out 19 - 21; Palmas. Anais Eletrônicos. Palmas: IFTO; 2012. [citado 2016 Dez 15]. Disponível em: http://propi.ifto.edu.br/ocs/index.php/connepi/vii/paper/viewFile/2443/1821

Fonseca JMA, Radmann CS, Guimarães AEV, Silva DRC, Oliveira ME. Contribuições da fisioterapia para educação em saúde e grupo de autocuidado em hanseníase: relato de experiência. Rev Eletr Gestão & Saúde. 2015;6(Supl.1):770-7.

Souza CDF, Rodrigues M. Magnitude, tendência e espacialização da hanseníase em menores de 15 anos no estado da Bahia, com enfoque em áreas de risco: um estudo ecológico. Hygeia. 2015;11(20):201-12.

Silva Sobrinho RA, Mathias TA, Gomes EA, Lincoln PB. Evaluation of incapacity level in leprosy: a strategy to sensitize and train the nursing team. Rev Lat Am Enfermagem. 2007;15(6):1125-30. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0104-11692007000600011

Brasil. Diretrizes para vigilância, atenção e eliminação da Hanseníase como problema de saúde pública: manual técnico-operacional. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2016.

Alves CJ, Barreto JA, Fogagnolo L, Contin LA, Nassif PW. Evaluation of the degree of incapacity of patients with a diagnosis of leprosy at a dermatology service in the state of São Paulo. Rev Soc Bras Med Trop. 2010;43(4):460-1. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0037-86822010000400025

Viana LS, Aguiar MIF, Aquino DMC. Perfil socioepidemiológico e clínico de idosos afetados por hanseníase: contribuições para a enfermagem. J Res Fundam Care. 2016;8(2):4435-46.

Ferreira LO. Qualidade de vida em pacientes idosos portadores de hanseníase [Dissertação]. Brasília (DF): Universidade Católica de Brasília; 2012.

Silva AR, Matos WB, Silva CC, Gonçalves EG. Leprosy in Buriticupu, State of Maranhão: active search for cases in the adult population. Rev Soc Bras Med Trop. 2010;43(6):691-4. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0037-86822010000600018

Barbosa DCM, Foster AC. Sistemas de informação em saúde: a perspectiva e a avaliação dos profissionais envolvidos na Atenção Primária à Saúde de Ribeirão Preto. Cad Saúde Colet. 2010;18(3):424-33.

Chaves AEP, Araújo KMF, Nunes MLA, Chaves VC, Araujo LC. Hanseníase em idosos no Brasil no ano de 2012 [texto na Internet]. In: III Congresso Internacional de Envelhecimento Humano; 2013 Jun 13 - 15; Campina Grande. Anais Eletrônicos. Campina Grande: Realize; 2013. [citado 2016 Dez 15]. Disponível em: http://www.editorarealize.com.br/revistas/cieh/trabalhos/Comunicacao_oral_idinscrito_3340_09022bf5561f2b8926d64b754efdbb15.pdf

Barbosa DRM, Almeida MG, Santos AG. Características epidemiológicas e espaciais da hanseníase no Estado do Maranhão, Brasil, 2001-2012. Medicina (Ribeirão Preto) 2014;47(4):347-56. DOI: http://dx.doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v47i4p347-356

Aquino DMC, Santos JS, Costa JML. Avaliação do programa de controle da hanseníase em um município hiperendêmico do Estado do Maranhão, Brasil, 1991-1995. Cad Saúde Pública. 2003;19(1):119-25. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2003000100013

Gil Suárez RE, Lombardi C. Estimado de prevalencia de lepra. Hansen Int.1997;22(2):31-4.

Ikehara E, Nardi SMT, Ferrigno ISV, Pedro HSP, Paschoal VD. Escala Salsa e grau de Incapacidades da Organização Mundial de Saúde: avaliação da limitação de atividades e deficiência na hanseníase. Acta Fisiatr. 2010;17(4):169-74.

Reis FJJ, Gomes MK, Cunha AJLA. Avaliação da limitação das atividades diárias e qualidade de vida de pacientes com hanseníase submetidos à cirurgia de neurólise para tratamento das neurites. Fisioter Pesq. 2013; 20(2):184-90. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S1809-29502013000200014

Faria CRS, Fregonesi CEPT, Corazza DAG, Andrade DM, Mantovani NADT, Silva JR, Montalvani AL. Grau de incapacidade física de portadores de hanseníase: estudo de coorte retrospectivo. Arq Ciênc Saúde.2015;22(4):58-62. DOI: http://dx.doi.org/10.17696/2318-3691.22.4.2015.122

Finez MA, Salotti SRA. Identificação do grau de incapacidades em pacientes portadores de hanseníase através da avaliação neurológica simplificada. J Health Sci Inst. 2011;29(3):171-5.

Oliveira KS, Souza J, Zilly A, Silva-Sobrinho RA. Avaliação dos indicadores epidemiológicos e operacionais para a hanseníase em municípios prioritários no estado do Paraná, 2001 a 2010. Epidemiol Serv Saúde. 2015;24(3):507-16. DOI: http://dx.doi.org/10.5123/S1679-49742015000300016

Publicado

2017-03-31

Edição

Seção

Artigo Original

Como Citar

1.
Souza CDF de, Fernandes TRM de O, Matos TS, Ribeiro Filho JM, Almeida GKA de, Lima JCB, et al. Grau de incapacidade física na população idosa afetada pela hanseníase no estado da Bahia, Brasil. Acta Fisiátr. [Internet]. 31º de março de 2017 [citado 25º de abril de 2024];24(1):27-32. Disponível em: https://revistas.usp.br/actafisiatrica/article/view/144581