Repercussões do treinamento com realidade virtual não imersiva nas habilidades motoras manuais de pessoas com doença de Parkinson

Autores

  • Gabriela Letícia Oliveira Silva Universidade Federal de Pernambuco – UFPE
  • Bárbara Morais Ceron Universidade Federal de Pernambuco – UFPE
  • Karolyne Monteiro Borba Universidade Federal de Pernambuco – UFPE
  • Daniela Salgado Amaral Universidade Federal de Pernambuco – UFPE
  • Juliana Fonseca de Queiroz Marcelino Universidade Federal de Pernambuco – UFPE
  • Maria das Graças Wanderley de Sales Coriolano Universidade Federal de Pernambuco – UFPE https://orcid.org/0000-0002-7937-7761
  • Danielle Carneiro de Menezes Sanguinetti Universidade Federal de Pernambuco – UFPE https://orcid.org/0000-0003-4894-7490

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2317-0190.v26i1a163071

Palavras-chave:

Doença de Parkinson, Jogos de Vídeo, Terapia Ocupacional, Reabilitação

Resumo

Dentre os problemas motores e não motores que acometem as pessoas com Doença de Parkinson, existem as dificuldades na escrita manual, denominada micrografia. No treino com realidade virtual não imersiva para escrita, o terapeuta ocupacional tem competência para planejar o tratamento por meio da análise da atividade, a fim de amenizar e prevenir os impactos da Doença de Parkinson nas ocupações. Objetivo: Analisar as repercussões do treinamento com realidade virtual não imersiva nas habilidades motoras manuais de pessoas com Doença de Parkinson. Métodos: Trata-se de um estudo de intervenção, do tipo ensaio clínico não controlado, de natureza quantitativa. O treinamento com realidade virtual não imersiva contemplou o uso do tablet e dos aplicativos Dexteria®, Smash Hit e Dots. O estudo foi vinculado ao Programa de Extensão Pró-Parkinson e ao Projeto Pró-Parkinson: Terapia Ocupacional. Resultados: A amostra foi composta por dez participantes de ambos os sexos. Em relação à dominância do membro superior, apenas um participante era canhoto. A análise da atividade foi fundamental para estimular as habilidades requeridas pelos aplicativos. De acordo com o analisado, os resultados encontrados são favoráveis aos participantes da pesquisa por corresponder a uma doença neurodegenerativa. A realidade virtual não imersiva é um recurso favorável para fornecer estímulos visuais com propósito de melhorar a velocidade de movimento, refletindo na mobilidade funcional. Conclusão: O treino com os aplicativos selecionados pela técnica de análise da atividade, em realidade virtual não imersiva melhorou e/ou manteve as habilidades motoras dos participantes, mesmo nos estágios mais avançados da doença.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Heremans E, Nackaerts E, Vervoort G, Broeder S, Swinnen SP, Nieuwboer A. Impaired retention of motor learning of writing skills in patients with Parkinson's disease with freezing of gait. Plos One. 2016;11(2):1–13. DOI: https://doi.org/10.1371/journal.pone.0148933

Jin L, Wang J, Zhao L, Jin H, Fei G, Zhang Y, et al. Decreased serum ceruloplasmin levels characteristically aggravate nigral iron deposition in Parkinson's disease. Brain. 2011;134(Pt 1):50-8. DOI: https://doi.org/10.1093/brain/awq319

Spencer CC, Plagnol V, Strange A, Gardner M, Paisan-Ruiz C, Band G, et al. Dissection of the genetics of Parkinson's disease identifies an additional association 5' of SNCA and multiple associated haplotypes at 17q21. Hum Mol Genet. 2011;20(2):345-53. DOI: https://doi.org/10.1093/hmg/ddq469Andrade

Andrade LAF, Barbosa ER, Cardoso F, Teive HAG. Doença de Parkinson: estratégias atuais de tratamento. 2 ed. São Paulo: Omnifarma; 2010.

Bryant MS, Rintala DH, Lai EC, Protas EJ. An investigation of two interventions for micrographia in individuals with Parkinson's disease. Clin Rehabil. 2010;24(11):1021-6. DOI: https://doi.org/10.1177/0269215510371420

Smits EJ, Tolonen AJ, Cluitmans L, van Gils M, Conway BA, Zietsma RC, et al. Standardized handwriting to assess bradykinesia, micrographia and tremor in Parkinson's disease. PLoS One. 2014;9(5):e97614. DOI: https://doi.org/10.1371/journal.pone.0097614

Krakauer JW. Motor learning: its relevance to stroke recovery and neurorehabilitation. Curr Opin Neurol. 2006;19(1):84-90. DOI: https://doi.org/10.1097/01.wco.0000200544.29915.cc

Schmidt R, Wrisberg C. Aprendizagem e performance motora: uma abordagem da aprendizagem baseada no problema. 2 ed. Porto Alegre: Artmed; 2001.

Shmuelof L, Krakauer JW. Are we ready for a natural history of motor learning? Neuron. 2011;72(3):469-76.DOI: https://doi.org/10.1016/j.neuron.2011.10.017

Doyon J, Bellec P, Amsel R, Penhune V, Monchi O, Carrier J, et al. Contributions of the basal ganglia and functionally related brain structures to motor learning. Behav Brain Res. 2009;199(1):61-75. DOI: https://doi.org/10.1016/j.bbr.2008.11.012

King LA, Horak FB. Delaying mobility disability in people with Parkinson disease using a sensorimotor agility exercise program. Phys Ther. 2009;89(4):384-93. DOI: https://doi.org/10.2522/ptj.20080214

Levin MF. Can virtual reality offer enriched environments for rehabilitation? Expert Rev Neurother. 2011;11(2):153-5. DOI: https://doi.org/10.1586/ern.10.201

Santana CMF, Lins OG, Sanguinetti DCM, Silva FP, Ângelo TDA, Coriolano MGWS, et al. Efeitos do tratamento com realidade virtual não imersiva na qualidade de vida de indivíduos com Parkinson. Rev Bras Geriatr Gerontol. 2015;18(1):49-58. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/1809-9823.2015.14004

Vieira GP, Araujo DFGH, Leite MAA, Orsini M, Correa CL. Virtual reality in physical rehabilitation of patients with Parkinson’s disease. Rev Bras Cres Desenv Hum. 2014;24(1):31–41. DOI: https://doi.org/10.7322/jhgd.72046

Monzeli GA, Toniolo AC, Cruz DMC. Intervenção em Terapia Ocupacional com um sujeito com doença de Parkinson. Cad Ter Ocup UFSCar. 2016; 24(2):387–95. DOI: http://dx.doi.org/10.4322/0104-4931.ctoRE0600

American Occupational Therapy Association. Estrutura da prática da terapia ocupacional: domínio & processo - 3ed. Rev Ter Ocup Univ São Paulo.2015;26(ed. esp.):1-49. DOI: http://dx.doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v26iespp1-49

Hoehn MM, Yahr MD. Parkinsonism: onset, progression and mortality. Neurology. 1967;17(5):427-42. DOI: https://doi.org/10.1212/wnl.17.5.427

Mathiowetz V, Volland G, Kashman N, Weber K. Adult norms for the Box and Block Test of manual dexterity. Am J Occup Ther. 1985;39(6):386-91. DOI: https://doi.org/10.5014/ajot.39.6.386

Nackaerts E, Vervoort G, Heremans E, Smits-Engelsman BC, Swinnen SP, Nieuwboer A. Relearning of writing skills in Parkinson's disease: a literature review on influential factors and optimal strategies. Neurosci Biobehav Rev. 2013;37(3):349-57. DOI: https://doi.org/10.1016/j.neubiorev.2013.01.015

Mendes FDS. Aprendizado motor após treinamento baseado em realidade virtual na doença de Parkinson: efeitos das demandas motoras e cognitivas dos jogos [Tese]. São Paulo: Universidade de São Paulo; 2012.

Adamovich SV, Fluet GG, Tunik E, Merians AS. Sensorimotor training in virtual reality: a review. NeuroRehabilitation. 2009;25(1):29-44. DOI: https://doi.org/10.3233/NRE-2009-0497

Altschuler EL, Wisdom SB, Stone L, Foster C, Galasko D, Llewellyn DM, et al. Rehabilitation of hemiparesis after stroke with a mirror. Lancet. 1999 Jun 12;353(9169):2035-6. DOI: https://doi.org/10.1016/s0140-6736(99)00920-4

Souza RG, Borges V, Silva SM, Ferraz HB. Quality of life scale in Parkinson's disease PDQ-39 - (Brazilian Portuguese version) to assess patients with and without levodopa motor fluctuation. Arq Neuropsiquiatr. 2007;65(3B):787-91. DOI: https://doi.org/10.1590/s0004-282x2007000500010

Arias P, Robles-García V, Sanmartín G, Flores J, Cudeiro J. Virtual reality as a tool for evaluation of repetitive rhythmic movements in the elderly and Parkinson's disease patients. PLoS One. 2012;7(1):e30021. DOI: https://doi.org/10.1371/journal.pone.0030021

Ma HI, Hwang WJ, Fang JJ, Kuo JK, Wang CY, Leong IF, Effects of virtual reality training on functional reaching movements in people with Parkinson's disease: a randomized controlled pilot trial. Clin Rehabil. 2011;25(10):892-902. DOI: https://doi.org/10.1177/0269215511406757

Lou JS. Physical and mental fatigue in Parkinson's disease: epidemiology, pathophysiology and treatment. Drugs Aging. 2009;26(3):195-208. DOI: https://doi.org/10.2165/00002512-200926030-00002

Bezerra TF, Souza VL. O uso da realidade virtual como um recurso terapêutico ocupacional na reabilitação neurológica infanto-juvenil. Rev Interinst Bras Ter Ocup. 2018;2(2):272-91.

Trevisan CM, Trintinaglia V. Efeito das terapias associadas de imagem motora e de movimento induzido por restrição na hemiparesia crônica: estudo de caso. Fisioter Pesq. 2010;17(3):264–9. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S1809-29502010000300014

Wang CY, Hwang WJ, Fang JJ, Sheu CF, Leong IF, Ma HI. Comparison of virtual reality versus physical reality on movement characteristics of persons with Parkinson's disease: effects of moving targets. Arch Phys Med Rehabil. 2011;92(8):1238-45. DOI: https://doi.org/10.1016/j.apmr.2011.03.014

Almeida MHM, Cruz GA. Intervenções de terapeutas ocupacionais junto a idosos com doença de Parkinson. Rev Ter Ocup Univ São Paulo. 2009;20(1):29-35. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v20i1p29-35

Downloads

Publicado

2019-03-31

Edição

Seção

Artigo Original

Como Citar

1.
Silva GLO, Ceron BM, Borba KM, Amaral DS, Marcelino JF de Q, Coriolano M das GW de S, et al. Repercussões do treinamento com realidade virtual não imersiva nas habilidades motoras manuais de pessoas com doença de Parkinson. Acta Fisiátr. [Internet]. 31º de março de 2019 [citado 18º de abril de 2024];26(1):43-8. Disponível em: https://revistas.usp.br/actafisiatrica/article/view/163071