A estátua de Salvador Correia de Sá em Luanda: a cidade alta, o poder colonial luso-brasileiro e o mito da "restauração"

Autores

  • Alberto Oliveira Pinto Universidade de Lisboa. Faculdade de Letras

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2526-303X.v0i29-30p101-128

Palavras-chave:

Restauração, Luanda, Identidade, Tráfico, Elite

Resumo

A figura de Salvador Correia de Sá e Benevides representou à população de Luanda até a independência de Angola, os três poderes da Cidade Alta: o poder político administrativo, que exerceu enquanto governador durante quatro anos; o poder militar, uma vez que se distinguiu enquanto general que expulsou os holandeses e veio, por isso, a acumular o cargo de capitão-mor de Luanda com o de governador; e o próprio poder eclesiástico, atendendo à sua notável capacidade de influenciar as ordens religiosas, em particular os Jesuítas. O mito da “Restauração”, associado ao prestígio de Salvador Correia, foi partilhado por angolanos e por colonos portugueses enquanto permaneceu na memória coletiva o longo período de hegemonia brasileira na economia angolana, assente no tráfico de escravos. Sobreviveu à extinção da Companhia de Jesus e chegou mesmo a atrair a simpatia dos nativistas da “Imprensa Livre” ao longo de todo o século XIX.

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Publicado

2011-12-09

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

A estátua de Salvador Correia de Sá em Luanda: a cidade alta, o poder colonial luso-brasileiro e o mito da "restauração". África, [S. l.], n. 29-30, p. 101–128, 2011. DOI: 10.11606/issn.2526-303X.v0i29-30p101-128. Disponível em: https://revistas.usp.br/africa/article/view/96110.. Acesso em: 16 abr. 2024.