O mito da renovabilidade na expansão da agroindústria sucroenergética

Autores

  • Carlos Vinicius Xavier Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humana
  • Luiz Henrique de Melo dos Santos Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humana

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1808-1150.v0i13p196-215

Palavras-chave:

Expansão do Capital, Agroindústria Canavieira, Agrocombustíveis, Etanol, Impactos territoriais

Resumo

No contexto da expansão da agroindústria sucroenergética, verifica-se um esforço do setor por relacionar a temática ambiental às atividades por este desenvolvidas, em especial à produção do etanol. Observa-se a conformação de um discurso que prima pela identificação do processo de geração do agrocombustível enquanto uma forma renovável de produção energética. Em contraposição aos argumentos que ressaltam tal renovabilidade, ou mesmo que identifica no etanol de cana-de-açúcar a existência de uma suposta fonte de energia limpa, propõe-se neste artigo desenvolver uma análise que revela tal discurso enquanto um mito. Baseando-se em uma reflexão interdisciplinar, discutimos, portanto, alguns dos impactos territoriais resultantes da atual cadeia produtiva do etanol.

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Biografia do Autor

  • Carlos Vinicius Xavier, Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humana

    Mestrando do Programa de Pós Graduação em Geografia Humana da Faculdade da Universidade de São Paulo. Orientação: Profª Drª Larissa Mies Bombardi.

  • Luiz Henrique de Melo dos Santos, Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humana

    Mestrando do Programa de Pós Graduação em Física da Universidade de São Paulo. Orientação: Profº Dr. Fernando Tadeu Caldeira Brandt.

     

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Publicado

2010-12-05

Edição

Seção

Teoria em Debate

Como Citar

O mito da renovabilidade na expansão da agroindústria sucroenergética. (2010). Agrária (São Paulo. Online), 13, 196-215. https://doi.org/10.11606/issn.1808-1150.v0i13p196-215