Familismo, patriarcado e empobrecimento feminino na comunicação pública do governo sobre o Programa Bolsa-Família

Autores

  • Eduardo Lopes Oliveira Universidade Federal de Minas Gerais
  • Angela Cristina Salgueiro Marques Universidade Federal de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1982-1689.anagrama.2019.157549

Palavras-chave:

Política; Alteridade; Imagem; Bolsa Família; Propaganda Estatal

Resumo

O presente artigo tem como objetivo discutir as representações imagéticas das mulheres beneficiárias do Bolsa Família na divulgação da publicidade governamental sobre o programa. Discutiremos aspectos ligados à desumanização e desfiguração das mulheres, que são obrigatoriamente titulares do benefício recebido por suas famílias, e como quadros morais amplamente compartilhados pela sociedade fazem com que algumas imagens e padrões de representação se sobressaiam aos demais. Argumentamos que a divulgação governamental dos programas de redistribuição e a circulação de imagens que mostram mulheres empobrecidas produzem circuitos de valores e padrões morais de avaliação dos modos de vida e suas vulnerabilidades  que podem incidir sobre o sentido político que as imagens adquirem em sua circulação social. Especificamente, argumentamos que imagens que remetem ao familismo e ao patriarcado são validadas por uma economia moral que estabelece como julgamos e definimos o valor das vidas e modos de vida nas sociedades neoliberais e meritocráticas.

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Biografia do Autor

  • Eduardo Lopes Oliveira, Universidade Federal de Minas Gerais

    Graduando em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais. Pesquisador de inciação científica junto ao Grupo Margem.

  • Angela Cristina Salgueiro Marques, Universidade Federal de Minas Gerais

    Doutora em Comunicação Social pela UFMG. Pós-Doutora em Comunicação pela Université Stendhal - Grenoble 3. Professora do Programa de Pós-graduação dessa mesma instituição. Pesquisadora bolsista do CNPq.

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Publicado

2019-10-11

Como Citar

Familismo, patriarcado e empobrecimento feminino na comunicação pública do governo sobre o Programa Bolsa-Família. (2019). Anagrama, 13(2), 1-21. https://doi.org/10.11606/issn.1982-1689.anagrama.2019.157549