Economia política da Arte Moderna II / notas para uma sistematização provisória

Autores

  • Luiz Renato Martins Universidade de São Paulo; Escola de Comunicações e Artes; Departamento de Artes Plásticas

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1678-53202009000200004

Palavras-chave:

realismo reflexionante, trabalho abstrato, forma heterônoma, contrato, resistência e barbárie

Resumo

Paradigma tradicional de excelência artesanal, com que meios pode a pintura responder à abstração do trabalho e à sua ordenação serial, inerentes à modernização capitalista? O texto presente busca sistematizar os momentos decisivos de um percurso que se estende de Manet (1832-1883) a Rothko (1903-1970). Constitui o capítulo conclusivo de uma investigação sobre a transformação crítica do modo de pintar em modo de fabricação, fundado na superação reflexiva da dicotomia entre trabalho intelectual e corporal, imposta historicamente à sociedade. Atualizada criticamente e assinalando um fecho possível do processo da arte moderna, a pintura de Rothko põe-se como a negação de todo aspecto individual da pintura e de unidade orgânica e monádica da obra. Alcança-se assim o último termo de um processo; termo que assinala o fim do ciclo da autonomia estética como forma ligada à liberdade do sujeito, idealizado como natureza desinteressada. Para o trabalho de resistência contra a aceleração da barbárie é fundamental doravante levar em conta os fatores de heteronomia supraindividuais que, se não logram controlar toda a produção, detêm a hegemonia na esfera da circulação.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Downloads

Publicado

2009-01-01

Edição

Seção

Arte, tecnologia e novas mídias

Como Citar

Economia política da Arte Moderna II / notas para uma sistematização provisória . (2009). ARS (São Paulo), 7(14), 48-58. https://doi.org/10.1590/S1678-53202009000200004