Presença e afeto na experiência do encontro na arte: quando não se podem prever seus efeitos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2238-3999.v6i1p162-176

Palavras-chave:

Artes da presença, Recepção, Relação.

Resumo

Como a arte da presença pode produzir afetos com seus meios e efetivar-se como potência nos encontros entre corpos na contemporaneidade? Este ensaio se destina a uma discussão sobre a produção e recepção nas artes presenciais, destacando uma noção de presença do artista como relação, e de arte como potência intensiva capaz de provocar fissuras perceptivas. Por meio de uma abordagem fenomenológica convida à observação das alterações nos modos de produção, leitura e interlocução na experiência artística, com base em teorias de Bento Espinosa, Flávio Desgranges, José Gil, Erika Fischer-Lichte entre outros.

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Biografia do Autor

  • Milene Lopes Duenha, Universidade do Estado de Santa Catarina

    Atriz, bailarina e performer, possui graduação em Artes Cênicas pela Universidade Estadual de Londrina/PR e pós-graduação em Artes visuais / Arte educação pela mesma universidade. É meste em Teatro pela Universidade do Estado de Santa Catarina, e atualmente realiza uma pesquisa de doutorado nesse mesmo programa de pósgraduação em Teatro. Pesquisa noções de presença em relação na experiência artística e investiga possibilidades compositivas em arte considerando a presença do artista como implicação ética. Interessa-se
    por questões ligadas ao corpo e seus modos de estar/fazer como potência de afeto. Atua na intersecção entre as linguagens da dança, da performance e do teatro desenvolvendo uma pesquisa artística no Coletivo Mapas e Hipertextos de FlorianópolisSC. É arte-educadora desde 1998.

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Publicado

2016-06-30

Como Citar

Presença e afeto na experiência do encontro na arte: quando não se podem prever seus efeitos. (2016). Revista Aspas, 6(1), 162-176. https://doi.org/10.11606/issn.2238-3999.v6i1p162-176