Extração seletiva de CO2 de dolomitas e magnesitas coexistentes para análise dos isótopos estáveis de carbono e oxigênio em rocha

Autores

  • M. Z Moreira USP; Centro de Energia Nuclear na Agricultura
  • T. I. R Almeida USP; Instituto de Geociências; Departamento de Geologia Econômica e Geofísica Aplicada

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-8986.v24i0p59-65

Palavras-chave:

isótopos estáveis, ataque ácido, magnesita, dolomita

Resumo

A extração química seletiva de CO2 em amostras multicarbonatos é essencial para determinar corretamente as razões isotópicas de carbono e oxigênio. Em trabalho recente, com numerosos dados experimentais sobre carbonatos puros, precipitados em laboratório, questiona-se os procedimentos laboratoriais tradicionais, sugerindo baixa eficiência na extração de gás e alto risco de contaminação entre as extrações das várias fases carbonáticas. O presente trabalho apresenta dados isotópicos obtidos segundo os procedimentos tradicionais em amostras de um depósito de magnesita proterozóico do tipo Veitsch, situado nas proximidades de Brumado, Bahia. Estes dados são compatíveis com os disponíveis na literatura para depósitos semelhantes Uma das amostras estudadas, de elevada razão Mg/Ca (223) e virtualmente composta por magnesita, como confirmado por espectrometria de raio X, foi considerada como "padrão natural" de magnesita. Esta amostra foi submetida a experimentos destinados a testar a velocidade e eficiência de reação com H3PO4 a 100% a 25 e 50º C. Um padrão de calcário dolomítico natural foi também estudado segundo os procedimentos tradicionais, visando verificar o risco de contaminação de gás extraído de magnesita pela fração dolomítica não aberta. Os resultados obtidos mostram, por um lado, a eficiência do ataque de magnesita pelo método tradicional mas, por outro, confirmam o risco de contaminação entre fases minerais, principalmente em amostras ricas em dolomita e pobres em magnesita.

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Publicado

1993-01-01

Edição

Seção

nao definida