Considerações sobre a origem das esmectitas nos níveis de alteração dos piroxenitos de Santa Fé, GO

Autores

  • Sonia Maria Barros de Oliveira
  • Adolpho José Melfi

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-8978.v10i0p91-95

Resumo

Os argilo-minerais 2/1 (esmectitas) são os constituintes secundários dominantes nos níveis iniciais de alteração superficial dos piroxentos do maciço ultrabásico de Santa Fé. Estudos mineralógicos pormenorizados (raios X, A. T. D., microscopia óptica e microscopia eletrônica de varredura) dos principais minerais dos piroxenitos-piroxênios e micas trioctaedricas, nos diferentes níveis de alteração, evidenciaram que as esmectitas encontradas apresentam filiações e origens diferentes. Os piroxênios, desde os estágios iniciais da alteração superficial, sofrem hidrolise total, dando origem, por neogênese a edifícios 2/1. Essas esmectitas ferríferas (nontronitas) são os minerais dominantes de fração argila do material alterado (saprolito fino). As micas trioctaedrais, na realidade estruturas mistas mica-vermiculita, apresentam alta estabilidade nos meios superficiais, permanecendo com sua forma externa original até nas camadas lateríticas superiores. Quimicamente sofrem perda de silica e magnésio e ligeiro aumento de alumínio, enquanto que mineralógicamente, as análises ao microscópio eletrônico a varredura exibiram uma transformação incipiente para esmectita. Esses argilo-minerais a estrutura 2/1 se desenvolvem nas bordas dos cristais micáceos, ou nas zonas que representam vias de acesso preferenciais das soluções alterantes. Tais esmectitas aparecem na fração mais grosseira do saprolito, associadas às lamelas micáceas, que são modificadas morfologicamente em função da formação do mineral secundário.

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Publicado

1979-12-01

Edição

Seção

nao definida