Sobre a biologia da corvina da costa sul do Brasil

Autores

  • G. Vazzoler Universidade de São Paulo; Instituto Oceanográfico; Grupo de Pesquisas sôbre a Pesca Maritima

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0373-55241962000100004

Resumo

Os dados estudados neste trabalho foram coletados desde agosto de 1958 até agosto de 1959, e provieram da área compreendida entre os paralelos 23ºS e 34ºS, para uma faixa de poucas milhas distante da costa brasileira. A distribuição dos comprimentos para o total de 10.521 peixes medidos no Entreposto de Pesca de Santos, durante o período já referido, mostrou um valor modal de 30,4 cm, e os limites de comprimentos foram de 16 até 70 cm. A mistura (categoria comercial que inclui várias espécies, englobando corvinas pequenas), representa 12,93% do total em número da corvina desembarcada, com valor modal de 20,4 cm, tendo por limites de comprimento 12 e 38 cm (distribuição viciada). Tanto as médias mensais de comprimentos, como os valores modais das curvas mensais de distribuição dos comprimentos mostram que a corvina cresce no período compreendido entre o outono e parte do inverno. No início do período aparece um valor modal baixo, correspondendo a uma queda brusca das médias mensais de comprimento, sugerindo que peixes de pequeno tamanho são recrutados para a pesca nessa época. O exame das escamas mostrou a existência de marcas, que possibilitaram a determinação da idade. Supondo-se que o crescimento das escamas e do peixe se faz obedecendo a uma relação linear, usou-se os métodos do "retro-cálculo" e de von Bertalanffy para a construção da curva de crescimento. Através das médias mensais de comprimento por grupo de anel determinou-se a periodicidade da formação do anel, que é anual, correspondendo a meados do verão até meados do outono, portanto, antes de abril, mês em que as médias de comprimentos possuem valores baixos. Para o total de corvinas desembarcadas verificou-se serem as classes de 2 e 3 anéis as que predominaram, com percentagens altas, seguidas das classes de 1 e 4 anéis. Na distribuição mensal observou-se que as classes de 2 e 3 anéis predominaram, alternando suas freqüências em alguns meses e que a partir do mês de abril de 1959 as classes de 0 e 1 anel são mais regulares e mostram percentagens relativamente altas. As relações comprimento-pêso, comprimento-perímetro, pêso-perímetro e o crescimento do peso e do perímetro foram tratadas matematicamente, tendo-se calculado os coeficientes de correlação das equações correspondentes.

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Publicado

1962-01-01

Edição

Seção

naodefinido