Sôbre o plâncton da enseada do Mar Virado e os métodos de coletas

Autores

  • M. S. de Almeida Prado

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0373-55241962000300004

Resumo

O presente trabalho é um estudo do plancton da enseada do Mar Virado (Fig. 1) sob seus aspectos mais gerais. O plancton foi coletado quatro vezes em quatro estações dispostas em linha reta, nos meses de outubro, novembro e dezembro de 1960 (Tabela I). Foram feitas coletas verticais com duas redes de fito e zooplâncton, ambas das mesmas dimensões. Primeiramente, fizemos o estudo da composição quantitativa do plâncton. Relacionamos a quantidade de plâncton com as estações oceanográficas (Fig. 2), datas de coleta, massas de água e outras condições do meio ambiente. Obtivemos os seguintes resultados: a quantidade de plancton parece ser maior na Estação I e diminuir nas II, III e IV, isto é, maior em água costeira e menor em água de plataforma. Para o fitoplâncton obtivemos um resultado oposto, isto é, foi sempre mais abundante na presença de água de plataforma (Figs. 3-4). Em seguida, fizemos uma análise comparativa das amostras coletadas com rede de fitoplâncton e de zooplâncton. Baseados nesta análise, verificamos que a rede de fitoplâncton seleciona positivamente apenas os animais de pequeno porte, e que os organismos maiores não sofrem seleção nem pela rede de fitoplâncton nem pela de zooplâncton (Figs. 5-12). Finalmente, fizemos um estudo das relações dos organismos planctônicos (Tabela II) com o meio ambiente, especialmente no que diz respeito ao zooplâncton e concluimos que este é essencialmente nerítico.

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Publicado

1962-01-01

Edição

Seção

naodefinido