Os Sciaenidae (Teleostei: Perciformes) da Baía de Santos (SP), Brasil

Autores

  • Roberto Giannini Universidade de São Paulo; Instituto Oceanográfico
  • Alfredo Martins Paiva Filho Universidade de São Paulo; Instituto Oceanográfico

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1679-87591990000100008

Palavras-chave:

Peixes marinhos, Distribuição sazonal, Biomassa, Número da população, Efeitos ambientais, Sciaenidae, Estuários, Santos, SP, São Vicente

Resumo

A fim de se determinar os padrões de distribuição e de repartição temporal e espacial das espécies de peixes da família Sciaenidae na Baía de Santos, foram efetuadas amostras mensais diurnas com arrastos de praia e de fundo, de março de 1985 a maio de 1986. O estudo foi baseado na comparação das variações espaciais e temporais da ocorrência e abundância e na análise da influência de parâmetros ambientais. Vinte espécies de cienídeos foram coletadas na região, todas ocorrendo nos arrastos de fundo e nove nos arrastos de praia. Dentre essas, Stelliferrastrifer, Isopisthus parvipinnis, Paralonchurus brasiliensis, Micropogonias fumieri, Stellifer brasiliensis, Menticirrhus americanus e Menticirrhus littoralis, estiveram presentes durante todo o período, contribuindo com mais de 90 % do total capturado na Baía de Santos e região de praias adjacentes. A coexistência dessas espécies foi possível devido à alternância das ocorrências e dos picos de abundância em função das épocas do ano, da área de amostragem e da variação da temperatura e salinidade da água. S. rastrifer ocorreu preferencialmente nos arrastos de fundo, no inverno, em águas frias e de profundidade e salinidade medianas e em todos os setores de amostragem. I. parvipinnis, P brasiliensis e S. brasiliensis ocorreram preferencialmente nos arrastos de fundo, no inverno, primavera e outono, respectivamente, em águas frias, profundas e mais salinas e nos setores mais externos. M. furnieri e M. americanus ocorreram nos arrastos de fundo e de praia e, preferencialmente, no verão, em águas quentes, rasas e menos salinas e nos setores mais internos. M. littoralis ocorreu preferencialmente nos arrastos de praia, no inverno, em águas frias e em todas as estações de amostragem.

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Publicado

1990-06-01

Edição

Seção

Artigos