Quando o passado atropela o presente: notas de um Brasil que insiste no racismo

Autores

  • Lilia Schwarcz Universidade de São Paulo - USP
  • Hélio Menezes Neto Universidade de São Paulo - USP

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v25i25p31-35

Resumo

“Sanccionado o projecto que extingue a escravidão no Brazil, encerrou-se o periodo
negro da nossa Historia.” Foi dessa maneira que o jornal O Paiz noticiou a Lei  imperial no 3.353 que decretava, em 13 de maio de 1888, o fim do cativeiro no país. A ambiguidade da frase, que teimava em usar “negro” como adjetivo infausto e relegá-lo a um dado inerte do passado, ausente dos projetos de futuro da ação, não deixa de ser curiosa, ao mesmo tempo que perversa. Entre o dito e os muitos não ditos que a compõem, o texto curto da nota acaba por trazer à tona várias das contradições que o momento ensejava e que ainda enseja nos dias de hoje. A maioria delas absolutamente atual.

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Publicado

2017-10-02

Edição

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Conjuntura

Como Citar

Quando o passado atropela o presente: notas de um Brasil que insiste no racismo. (2017). Cadernos De Campo (São Paulo - 1991), 25(25), 31-35. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v25i25p31-35