“A minha verdade é minha justiça” - dilemas e paradoxos sobre o princípio da imparcialidade judicial

Autores

  • Bárbara Gomes Lupetti Baptista

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v22i22p301-314

Palavras-chave:

Direito, Antropologia, Princípio da Imparcialidade, Verdade, Justiça

Resumo

 Este trabalho é resultado de pesquisa realizada no TJRJ. A metodologia incorpora uma profícua interlocução que me permiti fazer entre o direito, minha área de formação, e a antropologia, disciplina que conheci por ocasião da orientação recebida durante a minha pós-graduação. A pesquisa permite perceber que o princípio da imparcialidade é uma crença construída discursivamente pelo campo do direito e que funciona como uma categoria estruturante do sistema judiciário. No entanto, a crença discursiva se choca com a realidade empírica, uma vez que os dados de campo demonstram que aspectos subjetivos do juiz interferem diretamente no exercício da jurisdição, sugerindo que a moralidade e o senso de justiça do magistrado interferem no curso e nos resultados do processo. Entre o paradoxo de “parecerem imparciais” e o fato de “serem humanos”, os juízes narram seus dilemas e os desafios que vivenciam na tentativa de “não contaminarem” a sua imprescindível imparcialidade.  

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Publicado

2014-05-23

Edição

Seção

Especial

Como Citar

“A minha verdade é minha justiça” - dilemas e paradoxos sobre o princípio da imparcialidade judicial. (2014). Cadernos De Campo (São Paulo - 1991), 22(22), 301-314. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v22i22p301-314