O extraordinário do rio São Francisco em meio às incertezas do Coronavírus
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v29isuplp266-277Palavras-chave:
vazanteiro, ribeirinhos, multiespécieResumo
A partir do trabalho de campo realizado entre os ribeirinhos do município de Ponto Chique, no norte de Minas Gerais, busca-se refletir sobre como as incertezas constituem um modo de ser ribeirinho e nos ajuda a pensar sobre esse momento em que vivemos em estado de suspensão pelo coronavírus. As dinâmicas das águas impõem um modo de estar no mundo cercado de ambiguidades e a presença do vírus torna-se mais um elemento que integra a rede de sociabilidade ribeirinha. Opondo-se a uma ideia de controle da natureza, Olímpio e seus companheiros de vazante respeitam a natureza de cada ser e nos ensinam a interagir e nos relacionar com as diferentes espécies que habitam os territórios.
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