Os desaparecidos, os fantasmas e o corpo como arquivo: o conflito sírio na dança-teatro contemporânea

Autores

  • Sílvia Alexandra Raposo Centro em Rede de Investigação em Antropologia (CRIA)

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v27i1p132-170

Palavras-chave:

performance, memória, guerra civil síria.

Resumo

O presente artigo propõe uma análise da dança teatral partindo do binómio performance/política no qual se perspectiva o corpo como lugar privilegiado para a análise do poder, uma vez que um corpo ao dançar posiciona-se sempre politicamente. Para tal, procura-se contextualizar a dança-teatro dos espectáculo Antes que matem os elefantes, da Companhia Olga Roriz, e Eu Sou Mediterrâneo, da Companhia Vidas de A a Z, no seu percurso artístico e analisar as suas linguagens coreográficas e cénicas tendo em vista uma compreensão do corpo que dança como um corpo que sofre as acções das relações de poder, analisando-o como um lugar de tensão e embates que desenvolve articulações com a memória e esquecimento num jogo sensório-corporal, falando-se do corpo como arquivo e como lugar de memória e resistência e perspectivando-o como um lugar privilegiado para a análise do poder.

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Biografia do Autor

  • Sílvia Alexandra Raposo, Centro em Rede de Investigação em Antropologia (CRIA)

    Mestre em Antropologia pela FCSH/UNL e colaboradora de investigação no CRIA. Inicia a sua actividade enquanto investigadora no Laboratório Arquivo Jill Dias (AJD/CRIA/FCSH-NOVA). Desenvolve pesquisa sobre os domínios da performance, movimentos artísticos contemporâneos, resistência política, Islão e terrorismo, etc. Encontra-se a concluir a sua dissertação de mestrado sobre artivismo, performance e terrorismo cultural. É produtora teatral e dramaturga, tendo desenvolvido o projecto intitulado «Eu Sou Mediterrâneo» (2016), pela Escola Superior de Teatro e Cinema, em parceria com a ADDHU, a Associação Solidariedade Imigrante e a Associação Amizade Portugal-Sahara Ocidental, de forma a fomentar o debate político e académico em torno da actual crise migratória no mediterrâneo.

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Publicado

2018-12-26

Edição

Seção

Artigos e Ensaios

Como Citar

Os desaparecidos, os fantasmas e o corpo como arquivo: o conflito sírio na dança-teatro contemporânea. (2018). Cadernos De Campo (São Paulo - 1991), 27(1), 132-170. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v27i1p132-170