Entre uma nova epidemia e uma velha endemia

notas sobre as ações dos movimentos de pessoas atingidas pela hanseníase ao longo da pandemia da COVID-19

Autores

  • Glaucia Maricato Universidade Federal do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v29isuplp163-172

Palavras-chave:

Coronavírus, Hanseníase, Movimentos sociais

Resumo

Por um lado, o Brasil é apontado pela Organização Mundial da Saúde como único país do mundo a não ter eliminado a hanseníase como problema de saúde pública. Por outro lado, o país conta com um dos mais antigos e fortes movimentos sociais composto por sujeitos atingidos pela hanseníase do mundo. Nesse breve artigo, abordo algumas das ações e atividades desenvolvidas pelo movimento brasileiro de pessoas atingidas pela hanseníase ao longo dos três primeiros meses da pandemia do coronavírus. Ao fazê-lo, destacando a constituição de uma experiencia coletiva diante da pandemia e o fortalecimento de redes de colaboração com movimentos de sujeitos afetados de outros países.

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Publicado

2020-08-11

Edição

Seção

Artigos e Ensaios

Como Citar

Entre uma nova epidemia e uma velha endemia: notas sobre as ações dos movimentos de pessoas atingidas pela hanseníase ao longo da pandemia da COVID-19. (2020). Cadernos De Campo (São Paulo - 1991), 29(supl), 163-172. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v29isuplp163-172