Os diferentes olhares das descrições dos estudos linguísticos sobre o espanhol no Brasil: um passo a mais na questão da distância

Autores

  • Maria Mercedes Riveiro Quintans Sebold Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Géssica Santana de Oliveira Universidade Federal do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2317-9651.i19p38-65

Palavras-chave:

Línguas próximas, Distância textual, Estratégias de retomada, PB, Variedade de Medelín

Resumo

Os estudos descritivistas possuem uma sólida tradição nos estudos linguísticos do espanhol no Brasil. Nosso objetivo é retomar a relação entre o espanhol e o PB considerando a distância textual. Para isso, comparamos alguns dados de entrevistas do PB e da variedade do espanhol de Medelín. Com relação aos antecedentes mais distantes, a estratégia de retomada por SN foi a mais selecionada tanto no PB quanto no espanhol de Medelín. No que diz respeito aos antecedentes mais próximos, encontramos uma particularidade. No PB, ao contrário do esperado, a estratégia mais produtiva foi a retomada por SN, com uma oração entre antecedente e o elemento anafórico. Na variedade de Medelín, embora a estratégia mais selecionada tenha sido a retomada por clítico, também encontramos um número bem próximo de retomada por SN. Chamou-nos a atenção que na variedade analisada (tal como no PB) encontramos grandes distâncias entre antecedente e elemento anafórico

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Biografia do Autor

  • Maria Mercedes Riveiro Quintans Sebold, Universidade Federal do Rio de Janeiro

    Possui graduação em Letras Português Espanhol pela Universidade Federal Fluminense (1988), mestrado em Letras Neolatinas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1994) e doutorado em Línguística pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2005). Atualmente é Diretora Adjunta de Pós Graduação da Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Línguas Estrangeiras Modernas, atuando principalmente nos seguintes temas: espanhol língua estrangeira, aquisição de língua estrangeira, sintaxe do espanhol, formação de professores, ensino- aprendizagem de língua estrangeira e línguas próximas.

  • Géssica Santana de Oliveira, Universidade Federal do Rio de Janeiro

    Géssica Santana de Oliveira é graduada em Letras - Português/Espanhol pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2017). Possui Mestrado em Letras Neolatinas pela mesma instituição (2019). Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Línguas Estrangeiras Modernas (Língua Espanhola).

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Publicado

2020-06-24

Como Citar

Os diferentes olhares das descrições dos estudos linguísticos sobre o espanhol no Brasil: um passo a mais na questão da distância. Caracol, São Paulo, n. 19, p. 38–65, 2020. DOI: 10.11606/issn.2317-9651.i19p38-65. Disponível em: https://revistas.usp.br/caracol/article/view/161665.. Acesso em: 28 mar. 2024.