O dispositivo da veste e a cesura entre ser e práxis: pensando um poder não fazer

Autores

  • Eduardo Tergolina Teixeira Doutorando em filosofia pela UNISINOS

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1517-0128.v1i30p52-74

Palavras-chave:

veste, nudez, dispositivo, profanação, potência-de-não

Resumo

O presente artigo tem por alvo discutir a questão da veste a partir da teoria de Giorgio Agamben. É exposta, em um primeiro momento, a concepção de potência, trazida pelo filósofo italiano dos ensinamentos aristotélicos, apresentando-se, em seguida, a constatação agambeniana sobre a cesura entre ser e práxis. As noções de dispositivo e de oikonomia são trazidas na sequência, a fim de pavimentar o terreno à análise do específico dispositivo veste-nudez, analisado em seguida. Expõem-se, então, algumas ideias críticas a esse respeito, finalizando-se o trabalho com o aporte da categoria da profanação. Resta como pano de fundo a análise da fratura entre a vida e forma, entre ser e sua obra, e a necessidade da preservação da característica por excelência da humanidade: a potência-de-não.

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Publicado

2021-08-17

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

O dispositivo da veste e a cesura entre ser e práxis: pensando um poder não fazer. (2021). Cadernos De Ética E Filosofia Política, 1(30), 52-74. https://doi.org/10.11606/issn.1517-0128.v1i30p52-74