Sobre a linguagem como fio condutor das reflexões de Giorgio Agamben

Autores

  • Benjamim Brum Neto Universidade Federal do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1517-0128.v1i34p101-116

Palavras-chave:

Linguagem, Política, Direito, Exceção

Resumo

O artigo pretende abordar a linguagem como motor fundamental das reflexões de Giorgio Agamben, sejam elas pertinentes à filosofia, teologia, direito ou política. Para isso o artigo se divide em duas partes. Na primeira, pretendemos mostrar, sobretudo a partir de textos anteriores à serie Homo sacer, especialmente os presentes na coletânea A potência do pensamento, de que forma o pensamento sobre a linguagem influencia a compreensão de Agamben sobre o conceito de filosofia, de teologia e de tradição. Já na segunda parte pretendemos explorar de que forma, de acordo com Agamben, a operação jurídico-política fundamental de nossa tradição está vinculada à forma como pensamos até hoje a relação do homem com o logos. Para Agamben, estrutura de exceptio corresponde à estrutura originária do acontecimento de linguagem

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Benjamim Brum Neto, Universidade Federal do Paraná

    Doutorando em Filosofia pela UFPR

Referências

AGAMBEN, G. “A coisa mesma”. In:______. A potência do pensamento: ensaios e conferências. Belo Horizonte: Autêntica, 2015.

AGAMBEN, G. “A ideia da linguagem”. In:______. A potência do pensamento: ensaios e conferências. Belo Horizonte: Autêntica, 2015.

AGAMBEN, G. A linguagem e a morte: um seminário sobre o lugar da negatividade. Belo Horizonte: UFMG, 2006.

AGAMBEN, G. “A potência do pensamento”. In:______. A potência do pensamento: ensaios e conferências. Belo Horizonte: Autêntica, 2015.

AGAMBEN, G. Estâncias: a palavra e o fantasma na cultura ocidental. Belo Horizonte: UFMG, 2012.

AGAMBEN, G. “Filosofia e linguística. Jean-Claude Milner: Introduction à une Science du langage.” In:______. A potência do pensamento: ensaios e conferências. Belo Horizonte : Autêntica, 2015.

AGAMBEN, G. Homo sacer: o poder soberano e a vida nua. Belo Horizonte: UFMG, 2010.

AGAMBEN, G. Infância e história: destruição da experiência e origem da história. Belo Horinzonte: UFMG, 2005.

AGAMBEN, G. O uso dos corpos. São Paulo: Boitempo, 2017b.

AGAMBEN, G. “Língua e história: categorias linguísticas e categorias históricas no pensamento de Walter Benjamin”. In:______. A potência do pensamento: ensaios e conferências. Belo Horizonte: Autêntica, 2015.

AGAMBEN, G. Meios sem fim: notas sobre a política. Belo Horizonte: Autêntica, 2015.

AGAMBEN, G. “Mysterium burocraticum”. In:______. Il fuoco e il racconto. Roma: Nottetempo, 2014.

AGAMBEN, G. “O que é o dispositivo?” In:______. O que é o contemporâneo? e outros ensaios. Tradução Vinícius Nicastro Honesko. Santa Catariana: Argos, 2009

AGAMBEN, G. O sacramento da linguagem: arqueologia do juramento. 2011, p. 70.

AGAMBEN, G. “O fim do pensamento”. In:______. A linguagem e a morte: um seminário sobre o lugar da negatividade. Belo Horizonte: UFMG, 2006.

AGAMBEN, G. “Principia hermenêutica”. In: Critique, Paris: Éditions Minuit 2017/1 nº836-837, pp.5-13.

AGAMBEN, G. “Sobre os limites da violência”. Revista Sopro: panfleto político-cultural. Out/2017a. Nº 79.

AGAMBEN, G. Qu´est-ce que le commandement? Paris: Payos &Rivages, 2013.

AGAMBEN, G. Signatura rerum: sur la méthode. Paris: Vrin, 2008.

AGAMBEN, G. “Trai il diritto e la vita”. In: Thomas, Y. Il valore delle cose. Macerata: Quodlibet, 2015.

BARBOSA, J. Política e tempo em Giorgio Agamben. São Paulo: EDUC, 2014.

BENVENISTE, É. Le vocabulaire des institutions indo-européennes. Paris: Minuit, 1969, v. 1 e 2.

CASTRO, E. Introdução à Giorgio Agamben: uma arqueologia da potência. Belo Horizonte: Autêntica, 2012.

CASSIN, B. Aristóteles e o logos : contos da fenomenologia do comum. São Paulo: Loyola, 1999.

COCCIA, E. “Quodilibet. Logique et physique de l´être quelconque”, In: Critique, Paris: Éditions Minuit 2017/1 nº836-837, pp 66-77.

D´ALONZO, J. Bibliografia di Giorgio Agamben. Disponível em: www.filosofia-italiana.net, Marzo, 2014.

D´ALONZO, J. “El origen de la nuda vida: política y lenguaje en el pensamiento de Giorgio Agamben”. Revista Pléyade 12, julio – diciembre, pp. 99-118, 2013.

FRANCALANCI, C. “Aristóteles e Agamben: alguns apontamentos sobre a transmissão do vínculo entre logos e pólis”. O que nos faz pensar. v. 23 n. 35 (2014): Nº 35: dezembro de 2014.

GERNET, Louis. Recherches sur le développement de la Pensée Juridique et Morale en Grèce: Étude Semantique. Paris: Ernest Leroux, 1917.

GNOLIO, A.; GOVRIN, I. “Philosophy As Interdisciplinary Intensity – An Interview With Giorgio Agamben.” Disponível em: http://jcrt.org/religioustheory/2017/02/06/philosophy-asinterdisciplinary-intensity-an-interview-with-giorgio-agamben-antonio-gnolioido-govrin/. Último acesso 21/03/17.

HEIDEGGER, M. Ser e tempo. Rio de Janeiro: Vozes, 2012.

KARMY, Rodrigo. Políticas de la Excarnación. Para una genealogía teológica de la biopolítica. Buenos Aires: Editorial Universidad Pedagógica. En Prensa.

MILLS, C. The philosophy of Agamben. Montréal: McGilll-Queen´s University Press, 2008.

MURRAY, A. Giorgio Agamben. New York: Routledge critical thinkers, 2010.

SALZANI, C. “Il linguaggio è il sovrano: Agamben e la politica del linguaggio”. Rivista Italiana di Filosofia del Linguaggio, 9(1), 2015, pp. 268-280.

SPANÒ, M. “Le parole e le cose (del diritto)”. In: THOMAS, Y. Il valore delle cose. Macerata: Quodlibet, 2015, p. 88-89.

Downloads

Publicado

2019-06-25

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Sobre a linguagem como fio condutor das reflexões de Giorgio Agamben. (2019). Cadernos De Ética E Filosofia Política, 1(34), 101-116. https://doi.org/10.11606/issn.1517-0128.v1i34p101-116