Quando não utilizar dados biográficos na análise literária: Uma discussão baseada na Analítica existencial de Martin Heidegger e no romance O lobo da estepe de Hermann Hesse

Autores

  • Roy David Frankel Universidade do Estado do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.v0i12p53-65

Palavras-chave:

Teoria da Literatura, Autor, Analítica Existencial, Abertura

Resumo

Este artigo busca discutir até que ponto a incorporação de dados biográficos pode trazer contribuições à análise literária realizada. Para problematizar essa questão, são apresentadas as diferentes visões autorais no campo da teoria literária até as emergentes escritas de si. Para exemplificar a discussão teórica através da análise de uma obra, são utilizados conceitos da analítica existencial de Heidegger no romance O Lobo da Estepe, de Hermann Hesse.O Lobo da Estepe é um romance que pode ser observado através de diferentes vieses interpretativos. Ao utilizar, entretanto, o viés heideggariano, percebemos que o uso de dados biográficos pode prejudicar a compreensão da obra. Dessa forma, na medida em que vincula o viés interpretativo ao uso desse tipo de dado, o presente estudo permite problematizar a sua incorporação.

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Biografia do Autor

  • Roy David Frankel, Universidade do Estado do Rio de Janeiro
    Roy Frankel é engenheiro de produção formado pela UFRJ e trabalha no BNDES. Além disso, atualmente é estudante da UERJ, onde cursa graduação em Letras – Português/Francês e mestrado em Teoria da Literatura e Literatura Comparada.

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Publicado

2014-06-09

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Frankel, R. D. (2014). Quando não utilizar dados biográficos na análise literária: Uma discussão baseada na Analítica existencial de Martin Heidegger e no romance O lobo da estepe de Hermann Hesse. Revista Criação & Crítica, 12, 53-65. https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.v0i12p53-65