Quase autoficção: o embrulho misterioso como legado do pai na obra de Carlos Heitor Cony

Autores

  • Paulo Bungart Neto Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.v0i17p119-131

Resumo

O artigo aborda a narrativa Quase memória: quase-romance (1995), de Carlos Heitor Cony, levando em consideração aspectos que permitem classificá-la como autoficção, tais como a identidade real de seus personagens, a data da morte de seu pai e a presença de um misterioso embrulho deixado por este, cena também presente em romances como Matéria de memória (1963) e no volume memorialístico Eu, aos pedaços: memórias (2010). O objetivo é demonstrar que, a despeito de o autor não a rotular como tal, é possível compreender a narrativa híbrida de Cony sob o prisma autoficcional, tantos são os elementos de indeterminação e indecidibilidade do texto. A análise é feita a partir de pressupostos teóricos relacionados ao “pacto autobiográfico” proposto por Phillipe Lejeune em 1975 e de conceitos ligados à ideia de autoficção, desenvolvidos, dentre outros, por intelectuais franceses como Serge Doubrovsky, Jacques Lecarme e Vincent Colonna.

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Biografia do Autor

  • Paulo Bungart Neto, Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
    Professor Associado I da UFGD. Atua na área de Literatura Comparada na Graduação e Pós-Graduação (Mestrado) em Letras.

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Publicado

2016-12-22

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Bungart Neto, P. (2016). Quase autoficção: o embrulho misterioso como legado do pai na obra de Carlos Heitor Cony. Revista Criação & Crítica, 17, 119-131. https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.v0i17p119-131