O que é que resiste, afinal, na resistência à teoria?

(Historiografia literária, violência canônica, domesticação da alteridade)

Autores

  • Nabil Araújo de Souza Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.v1i26p109-135

Palavras-chave:

Antonio Candido, resistência à teoria, historiografia literária, violência canônica, domesticação da alteridade

Resumo

Considerando o caráter paradigmático da obra de Antonio Candido nos estudos literários no Brasil, indagamo-nos pelo que é que resiste, afinal, na resistência à teoria insistentemente ecoada, a partir do mestre uspiano, ao modo de uma profissão de fé. Segue-se, então, uma análise do papel central da historiografia literária na consolidação e perpetuação de uma violência canônica de dupla face no meio acadêmico-escolar brasileiro.

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Publicado

2020-06-09

Como Citar

O que é que resiste, afinal, na resistência à teoria? (Historiografia literária, violência canônica, domesticação da alteridade). (2020). Revista Criação & Crítica, 1(26), 109-135. https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.v1i26p109-135