Sem regras nem freios - Loucura e criação na discussão romântica em torno do gênio

Autores

  • Yuri Cerqueira dos Anjos Universidade de São Paulo - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas - Departamento de Letras Modernas

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.v0i13p3-11

Palavras-chave:

Genialidade, Loucura, Romantismo, Victor Hugo.

Resumo

A relação entre genialidade e loucura, tópos bastante antigo, parece ganhar contornos peculiares no pensamento romântico. Inspirado, ultrassensível, isolado e visionário, o gênio romântico transita com certa frequência no campo semântico da loucura. Entre oráculo, profeta e louco, ele se caracteriza pela sua capacidade de transgredir o estado atual das coisas e criar um novo mundo de possibilidades e experiências. Nesse sentido, exploraremos no presente artigo alguns aspectos dessa relação entre o gênio e o louco no contexto do debate romântico francês do início do século XIX e no livro William Shakespeare, de Victor Hugo.

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Biografia do Autor

  • Yuri Cerqueira dos Anjos, Universidade de São Paulo - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas - Departamento de Letras Modernas

    Mestre em Literatura Francesa pela ENS-LYON.

    Doutorando do Departamento de Letras Modernas da FFLCH-USP.

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Publicado

2014-12-12

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Anjos, Y. C. dos. (2014). Sem regras nem freios - Loucura e criação na discussão romântica em torno do gênio. Revista Criação & Crítica, 13, 3-11. https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.v0i13p3-11