Fora do eixo

Notas feministas sobre a teoria da Formação da literatura brasileira

Autores

  • Carolina Correia dos Santos University of the State of Rio de Janeiro (UERJ)

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.v1i26p88-108

Palavras-chave:

teoria literária, feminismo, nacionalismo, tradição

Resumo

O artigo busca compreender e discutir a teoria que subjaz Formação da literatura brasileira de Antonio Candido através, principalmente, dos conceitos propostos por Adriana Cavarero, Donna Haraway e Gayatri Chakravorty Spivak: a “inclinação”, a “simbiose”, “performar o outro”. Uma vez que Candido expõe seus pressupostos teóricos sobretudo na “Introdução” do livro, este texto visa discutir concepções expostas nas primeiras páginas da obra, desenvolvendo ressalvas tipicamente feministas. Ao levar os pressupostos teóricos de Formação ao limite, este texto, ainda, propõe um debate sobre a literatura-mundo, acreditando na familiaridade dos conceitos envolvidos nos âmbitos desta metodologia e da obra de Candido.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

ANDERSON, Benedict. Imagined communities. London, New York: Verso, 2006.

BAPTISTA, Abel Barros. O livro agreste. Campinas: Editora Unicamp, 2005.

BHABHA, Homi K.. O local da cultura. Trad. Myriam Ávila, Eliana Lourenço de Lima Reis, Gláucia Renate Gonçalves. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2005.

CAMPOS, Haroldo de. O Sequestro do Barroco na Formação da Literatura Brasileira: O Caso Gregório de Matos. São Paulo: Iluminuras, 2011 [1989].

CANDIDO, Antonio. Formação da Literatura Brasileira: Momentos Decisivos 1750–1880. Rio de Janeiro: Ouro Sobre Azul, 2007 [1957].

CASANOVA, Pascale. “Combative Literatures,” tr. Nicholas Gray. New Left Review 7(2011), 123-134.

CAVARERO, Adriana. Inclinazioni: Critica della rettitudine. Milano: Raffaello Cortina Editore, 2013.

DAMROSCH, David. How to Read World Literature. Oxford: Wiley-Blackwell, 2009.

DERRIDA, Jacques. Essa estranha instituição chamada literatura: uma entrevista com Jacques Derrida. Trad. Marileide Dias. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2014 [1992].

HARAWAY, Donna. “Manifesto ciborgue. Ciência, tecnologia e feminismo-socialista no final do século XX”. In: TADEU, Tomaz. Antropologia do ciborgue: as vertigens do pós-humano. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2009. p. 33-118.

HARAWAY, Donna. Staying with the Trouble: Making Kin in the Chthulucene. Durham and London: Duke University Press, 2016.

MORETTI, Franco. “Conjectures on World Literature”. New Left Review, jan-fev, p. 54-68, 2000.

MORETTI, Franco. “More Conjectures.” New Left Review 20, p. 73-81, 2003.

MORETTI, F. Graphs, Maps and Trees: Abstract Models for a Literary History. London: Verso, 2005.

MORETTI, F. A literatura vista de longe. Trad. Anselmo P. Neto. Porto Alegre: Arquipélago, 2008.

NATALI, Marcos Piason. “Além da literatura”. Literatura e Sociedade n. 9, p. 30-43, 2006.

PRENDERGAST, Christopher. “Negotiating world literature”. New Left Review n. 8, p. 100-121, 2001.

SCHWARZ, Roberto. Que horas são? São Paulo: Companhia das Letras, 1997.

SPIVAK, Gayatri Chakravorty. Death of a Discipline. New York: Columbia University Press, 2003.

VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. Metafísicas canibais: Elementos para uma antropologia pós-estrutural. São Paulo: Cosac Naify N-1, 2015.

Downloads

Publicado

2020-06-09

Como Citar

Fora do eixo: Notas feministas sobre a teoria da Formação da literatura brasileira. (2020). Revista Criação & Crítica, 1(26), 88-108. https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.v1i26p88-108