A quebra do silêncio: o espaço da fronteira cultural na escrita de Gloria Anzaldúa e Milton Hatoum

Autores

  • Fidelainy Sousa Silva Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1981-7169.crioula.2018.143344

Palavras-chave:

fronteira cultural, silenciamento identitário, Borderlands, Dois Irmãos, escrita de resistência.

Resumo

Este artigo visa discutir sobre o espaço de fronteira cultural, tendo como ponto de partida a escrita de Gloria Anzaldúa em Borderlands/La frontera: The New Mestiza (1987) e Milton Hatoum em Dois Irmãos (2000). Trata-se de um esforço teórico para compreender o (não) lugar da escrita ficcional de resistência. Com a voz de Anzaldúa e de Hatoum pretende-se analisar as imbricações do texto ficcional para questionar o silenciamento identitário dos sujeitos da região de fronteira entre o México e Estados Unidos e também a região de Manaus na Amazônia Brasileira, respectivamente.

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Biografia do Autor

  • Fidelainy Sousa Silva, Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS

    Doutoranda no Programa de Pós Graduação em Letras da Universidade Federal do Rio Grande do Sul na linha de pesquisa Teoria, Crítica e Comparatismos. Mestra em Literatura Comparada pela mesma instituição.

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Publicado

2018-06-30

Edição

Seção

Dossiê: Cânone e silêncios: o (não) lugar das minorias na Literatura (ARTIGOS)

Como Citar

A quebra do silêncio: o espaço da fronteira cultural na escrita de Gloria Anzaldúa e Milton Hatoum. (2018). Revista Crioula, 21, 176-196. https://doi.org/10.11606/issn.1981-7169.crioula.2018.143344