Entre a persistência na tradição e a aceitação da modernidade: o lugar da mulher moçambicana em contos de Aníbal Aleluia e Mia Couto

Autores

  • Maria Marta dos Santos Silva Nóbrega Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1981-7169.crioula.2017.137531

Palavras-chave:

mulher, tradição, resistência, conto, Moçambique

Resumo

Na narrativa produzida por homens em Moçambique, geralmente a mulher apresenta-se subalternizada, condição que lhe impôs o sistema patriarcalismo herdado do colonialismo europeu. O presente artigo propõe-se demonstrar que a contista de Mia Couto e Aníbal Aleluia foge dessa generalização e apresenta a mulher como símbolo de resistência à política de assimilação, atribuindo-lhe um papel de agente responsável pela manutenção de valores da cultura local.  

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Biografia do Autor

  • Maria Marta dos Santos Silva Nóbrega, Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)
    Professora de Literaturas Africanas de Língua Portuguesa da Unidade Acadêmica de Letras da Universidade Federal de Campina Grande e Pós-doutoranda em Literatura e Interculturalidade pela Universidade Estadual da Paraíba

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Publicado

2017-12-20

Edição

Seção

Dossiê: Diálogos de resistência: perspectivas feministas e literatura (ARTIGOS)

Como Citar

Entre a persistência na tradição e a aceitação da modernidade: o lugar da mulher moçambicana em contos de Aníbal Aleluia e Mia Couto. (2017). Revista Crioula, 20, 260-285. https://doi.org/10.11606/issn.1981-7169.crioula.2017.137531