Bons ou Maus Demônios? (A Propósito do Lisis de Platão)

Autores

  • Michel Narcy Centre de Recherches sur la Pensée Antique, CNRS

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2318-8863.discurso.1999.38025

Palavras-chave:

aporia, amizade, virtude, ciência, Platão

Resumo

No final do Lísis. Sócrates emprega o termo “demônios” (daímones), no momento em que se constata a aporia a que chega a investigação sobre a amizade. A propósito de uma recente tradução brasileira do diálogo, que, alinhando-se a uma interpretação tradicional, entende o termo no sentido negativo de “divindades maléficas”, este estudo procura defender tese bem diferente: apesar das aparências, lembremo-nos do célebre “demônio socrático” e veremos aqui o anúncio do fim da discussão sem qualquer coação externa à própria investigação, e sim em virtude de necessidades que são internas a esta. Daí se seguirá que, apesar do final aporético, esse diálogo apresenta certo ensinamento positivo que o distingue dos outros diálogos platônicos de juventude.

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Publicado

1999-08-09

Edição

Seção

Nao definda

Como Citar

Narcy, M. (1999). Bons ou Maus Demônios? (A Propósito do Lisis de Platão). Discurso, 30, 9-24. https://doi.org/10.11606/issn.2318-8863.discurso.1999.38025