A política na correspondência de Espinosa

Autores

  • Pires Diogo Aurélio Departamento de Filosofia da Universidade Nova de Lisboa, Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2318-8863.discurso.2000.38039

Palavras-chave:

política, metafísica, necessidade, liberdade, causalidade imanente, Estado, N. Stensen, T. Hobbes, B. Espinosa

Resumo

 O objetivo do artigo é discutir o pensamento político de Espinosa confrontando-o, por um lado, com o que poderíamos chamar a “ideologia dominante" da época,  o pensamento cristão, aqui examinado a partir da correspondência com o dinamarquês N. Stensen, e, por outro lado, com o quadro teórico em que a questão política está então a ser recolocada, o pensamento de Hobbes. Além da conhecida explicitação do que o distingue em relação a Hobbes (Carta L, a J. Jelles), é na Correspondência que Espinosa expõe a articulação entre a política e os grandes temas de sua metafísica, como são a doutrina da causa imanente e o binômio liberdade/necessidade. Lugar privilegiado de auscultação da opinião dominante e, por isso, exercício em si mesmo exemplarmente político, as cartas são também o espaço textual em que a metafísica se expõe às suas consequências políticas e a teoria se confronta com a prática, oferecendo uma visão de Espinosa que, se está longe do "positivista"  hobbesiano, não está menos longe do visionário afastado da realidade que o circunda e o condiciona.

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Biografia do Autor

  • Pires Diogo Aurélio, Departamento de Filosofia da Universidade Nova de Lisboa, Portugal.
    Professor do Departamento de Filosofia da Universidade Nova de Lisboa, Portugal.

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Publicado

2000-12-09

Edição

Seção

Nao definda

Como Citar

Aurélio, P. D. (2000). A política na correspondência de Espinosa. Discurso, 31, 229-258. https://doi.org/10.11606/issn.2318-8863.discurso.2000.38039