Purificação da experiência e conhecimento absoluto do real: a metafísica como intuição da duração
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2318-8863.discurso.2008.62549Palavras-chave:
consciência, percepção, visão, totalidade, ser, duraçãoResumo
Pretendemos aqui mostrar que o vínculo indissociável entre crítica da inteligência e intuição da duração acarreta a nova definição da metafísica: “experiência integral”, segundo Bergson. A relação entre o trabalho de desqualificação de ilusões racionais e a redescoberta do ser como duração expõe, desse modo, como a consciência pode voltar a seus próprios dados e neles encontrar uma experiência real e inegável, a da presença do ser e de nosso pertencimento ao ser. A filosofia bergsoniana procura, nesse âmbito, conjugar reflexibilidade e sensibilidade. Em suas duas primeiras obras, pelo estudo profundo e detalhado dos processos psicológicos, Bergson defende que a consciência à qual a duração apareceria é a mesma que se toma como objeto, “espectadora e atriz”. A consciência age e vê, é o ver do fazer — ou, antes, do fazer-se. A duração que apareceria à consciência é a própria consciência: a consciência da duração e a duração da consciência estariam identificadas nessa visão.
Downloads
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
O trabalho da Discurso foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada.
Os autores aqui publicados mantém os direitos sobre seus artigos
De acordo com os termos seguintes:
-
Atribuição [BY] — Deve-se dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas.
-
NãoComercial [NC] — É proibido o uso deste material para fins comerciais.
-
CompartilhaIgual [SA] — Caso haja remixagem, transformação ou criação a partir do material, é necessário distribuir as suas contribuições sob a mesma licença que o original.