A essência da crítica: sobre o limiar da crítica imanente em Hegel

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2318-8863.discurso.2019.165623

Palavras-chave:

Crítica imanente, Crítica do conhecimento, Modernidade, Reconhecimento

Resumo

O artigo estabelece uma relação entre o ensaio “Sobre a essência da crítica filosófica” e a Fenomenologia do espírito no que concerne à elaboração hegeliana do conceito de crítica imanente. Primeiramente, busca-se rebater algumas objeções a respeito da pertinência de atribuir a Hegel esse conceito, para mostrar em seguida que este emerge na Introdução da Fenomenologia do espírito como uma tentativa de resolver problemas já presentes na concepção de crítica filosófica que havia sido defendida, juntamente com Schelling, no Jornal crítico de filosofia. De acordo com a hipótese central, o ensaio introdutório do jornal contém elementos fundamentais da crítica imanente, porém sob um dilema que somente será resolvido posteriormente.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Luiz Repa, Universidade de São Paulo [USP]

    Professor Associado do Departamento de Filosofia
    Universidade de São Paulo [USP]

Referências

Adorno, T. W. (2013). Três estudos sobre Hegel. Tradução de U. R. Vaccari. São Paulo: Unesp.
Adorno, T. W. (2015). Para a metacrítica da teoria do conhecimento. Tradução de M. A. Casanova. São Paulo: Unesp.
Bercker, M. (2018). “On Immanent Critique in Hegel’s Phenomenology Michael”, In: Hegel Bulletin, vol. 39, pp. 1-23.
Benhabib, B. (1986). Critique, Norm and Utopia. Nova York, Columbia University Press.
Buchner, H. (1965). “Hegel und das Kritische Journal der Philosophie”, In: Hegel-Studien, vol. 3, pp. 95-156.
Celikates, R. (2009). Kritik als soziale Praxis: Gesellschaftliches Selbstverständigung und Kritische Theorie. Frankfurt am Main: Campus Verlag.
Casadei, G. (1995). Idea di mediazione e immanenza critica nel primo Hegel. Pisa: Ediziones ets.
De Boar, K. (2012). “Hegel’s Conception of Immanent Critique: Its Sources, Extent and Limit”, In: Boer, K. & Sonderegger, R. (Eds.), Conceptions of Critique in Modern and Contemporary Philosophy. Londres: Palgrave Macmillan, pp. 83-100.
Graeser, A. (1988). Einleitung zur Phänomenlogie des Geistes. Stuttgart: Reclam.
Finlayson, J. G. (2014). “Hegel, Adorno and the Origins of Immanent Criticism”, In: Britisch Journal for the History of Philosophy, n. 22.
Fischbach, F. (1999). Du commencement em Philosophie. Paris: Vrin.
Habermas, J. (2000). O discurso filosófico da modernidade. Tradução de L. Repa e R. Nascimento. São Paulo: Martins Fontes.
Habermas, J. (2014). Conhecimento e interesse. Tradução de L. Repa. São Paulo: Unesp.
Hegel, G. W. F. (DS). (2014). “Differenz des Fichteschen und Schellingschen Systems der Philosophie”, In: Jenaer Schriften 1801-1807. Werke 2. Frankfurt am Main: Suhrkamp; (2013). Diferença entre os sistemas filosóficos de Fichte e de Schelling. Tradução de C. Morujão. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda.
Hegel, G. W. F. (Enz). (2014). Enzyklopädie der philosophischen Wissenschaften I. Werke, 8. Frankfurt am Main: Suhrkamp ; (2012). Enciclopédia das ciências filosóficas em compêndio (1830), v ol. 1. Tradução de Paulo Meneses e Pe. José Machado. São Paulo: Loyola .
Hegel, G. W. F. (GPh). (2014). Vorlesungen über die Geschichte der Philosophie III. Werke, 20. Frankfurt am Main: Suhrkamp .
Hegel, G. W. F. (PhG). (2014). Phänomenologie des Geistes. Werke, 3. Frankfurt am Main: Suhrkamp; (2008). Fenomenologia do espírito. Tradução de Paulo Menezes. Petrópolis: Vozes.
Hegel, G. W. F. (RPh). (1987). Jenaer Systementwürfe III – Naturphilosophie und Philosophie des Geistes. Hamburgo: Meiner.
Hegel, G. W. F. (SdS). (1967). System der Sittlichkeit. Hamburgo: Meiner.
Hegel, G. W. F. (VüÄ). (2014). Vorlesungen über di Ästhetik I. Werke 13. Frankfurt am Main: Suhrkamp; (2001). Cursos de estética, vol. 1. Tradução de Marco Aurélio Werle. São Paulo: Edusp.
Hegel, G. W. F. (WL I). (2014). Wissenschaft der Logik I. Werke 5. Frankfurt am Main: Suhrkamp; (2016). Ciência da lógica. 1. A doutrina do ser. Petrópolis: Vozes.
Hegel, G. W. F. (WL II). (2014). Wissenschaft der Logik II. Werke 6. Frankfurt am Main: Suhrkamp; (2018). Ciência da Lógica. 3. A doutrina do conceito, Petrópolis: Vozes.
Hegel, G. W. F. (WpK). (2014). “Über das Wesen der philosophischen Kritik überhaupt und ihr Verhältnis zum gegenwärtigen Zustand der Philosophie insbesondere”, In: Jenaer Schriften 1801-1807. Werke 2. Frankfurt am Main: Suhrkamp; (2019) “Sobre a essência da crítica filosófica em geral e sua relação com o estado atual da filosofia em particular” [no prelo].
Honneth, A. (2002). “Grounding Recognition: a Rejoinder to Critical Questions”, In: Inquiry, vol. 45.
Honneth, A. (2003). Luta por reconhecimento. A gramática moral dos conflitos sociais. Tradução de Luiz Repa. São Paulo: Ed. 34.
Honneth, A. (2007). “Rekonstruktive Gesellschaftskritik unter genealogischen Vorbehalt”, In: Pathologien der Vernunft: Geschichte und Gegenwart der Kritischen Theorie. Frankfurt am Main: Suhrkamp.
Houlgate, S. (2005). “Glauben und Wissen: Hegels Immanente Kritik der kantischen Philosophie oder die (illegitime) »Ahnung eines besseren«?”, In: Hegel-Jahrbuch.
Hyppolite, J. (1999). Gênese e estrutura da Fenomenologia do espírito de Hegel. Tradução de S. Rosa et al. São Paulo: Discurso.
Jaeggi, R. (2008). “Repensando a ideologia”. Tradução de E. Sobottka e G. Saavedra, In: Civitas, v. 8, n. 1.
Jaeggi, R. (2014). Kritik von Lebensformen. Frankfurt am Main: Suhrkamp.
Kant, I. (2014). (KrV). Kritik der reinen Vernunft. Edição Weischedel, Frankfurt am Main: Suhrkamp; (2013). Crítica da razão pura. Tradução de F. C. Mattos. Petrópolis: Vozes.
Nobre, M. (1998). A Dialética Negativa de Theodor W. Adorno. São Paulo: Iluminuras.
Nobre, M. (2018). Como nasce o novo: experiência e diagnóstico de tempo na Fenomenologia do espírito de Hegel. São Paulo: Todavia.
Palermo, S. V. (2015) “’Una via genuina a la verdadera filosofía’. Estatuto y rol de la crítica filosófica en el Über das Wesen der philosophischen Kritik”, In: Cadernos de filosofia alemã, v. 20, n. 1.
Rebault, E. (2013) “Théorie critique et critique immanente”, In : Illusio, n. 10/11.
Repa, L. (2010). “Hegel, Habermas e a modernidade”, In: Dois pontos, v. 7, n. 4.
Repa, L. (2011). “Totalidade e negatividade: a crítica de adorno à dialética hegeliana”, In: Caderno crh, v. 24, n. 62.
Repa, L. (2016). “Reconstrução e crítica imanente: Rahel Jaeggi e a recusa do método reconstrutivo na Teoria Crítica”, In: Cadernos de filosofia alemã, v. 21, n. 1.
Romero, J. M. (org.) (2014). Immanente Kritik heute. Grundlagen und Aktualität eines sozialphilosophischen Begriffs. Bielefeld: Transcript.
Schelling, F. W. J. (1856). Fernere Darstellungen aus dem System der Philosophie. Sämtliche Werke, IV. Stuttgart-Augsburg: Cotta.
Schelling, F. W. J. (1973). “Exposição da ideia universal da filosofia em geral e da filosofia da natureza como parte integrante da primeira”, In: Escritos filosóficos (Os pensadores). Tradução de Rubens Rodrigues Torres Filho. São Paulo: Abril Cultural.
Silveira, A. C. L. (2019). Norma e utopia: a transformação da ética do discurso na teoria crítica de Seyla Benhabib. Tese de doutorado – Campinas: Unicamp.
Stahl, T. (2013). Immanente Kritik. Elemente einer Theorie sozialer Praktiken. Frankfurt am Main: Campus.
Stahl, T. (2013b). “Habermas and the Project of Immanent Critique”, In: Constellations, vol. 20, n. 4.
Vieweg, K. (2002) (Org.). Gegen das ‘unphilosophische Unwesen’: Das “Kritische Journal der Philosophie” von Schelling und Hegel. Kritisches Jahrbuch der Philosophie, 7. Würzburg: Königshausen & Neumann.

Downloads

Publicado

2019-12-29

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

A essência da crítica: sobre o limiar da crítica imanente em Hegel. (2019). Discurso, 49(2), 269–285. https://doi.org/10.11606/issn.2318-8863.discurso.2019.165623