O olhar distanciado: o programa etnológico de Rousseau

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2318-8863.discurso.2019.165480

Palavras-chave:

Antropologia, Rousseau, Lévi-Strauss, Filosofia das Luzes

Resumo

A exortação de Rousseau, feita dois séculos antes de Lévi-Strauss, de levar a vista ao longe, observar as diferenças entre os homens para conhecer o homem em sua especificidade e propriedade dá o tom do que se poderia chamar de antropologia rousseauísta. O conhecimento sobre o homem não é obtido ao olhar para o lado e tomar como referência um tipo qualquer imediatamente disponível. Ao contrário, é preciso de viagens bem regradas, de uma educação do olhar e da organização dos dados colhidos pela observação.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Mauro Dela Bandera Arco Junior, Universidade Federal do Acre [UFAC]

    Professor adjunto do Centro de Filosofia e Ciências Humanas
    Universidade Federal do Acre [UFAC]

Referências

Bandera, M. D. (2019). “Mudanças ambientais, aumento populacional e diversidade na antropologia de Rousseau”. In: Becker, E. et al. (Ed.), Técnica, natureza e ética socioambiental. São Paulo: República do Livro/Discurso Editorial, pp. 35-52.

Bernardi, B. (2004). “‘L’art de généraliser’: sur le statut de la généralité chez Rousseau”. In: Charrak, A. & Salem, J. (Eds.), Rousseau et la philosophie. Paris: Publications de la Sorbonne, pp. 155-169.

Blanckeart, C. (2009). “Le fait et la valeur: disciplines de l’observation dans les instructions ethnographiques (xviiie–xixe siècle)”. In: Albertan-Coppola, S. (Ed.), Apprendre à porter sa vue au loin. Hommage à Michèle Duchet. Paris: ens Éditions, pp. 29-56.

Buffon (2008). Histoire naturelle. T. ii. Paris: H. Champion.

Condillac, E. (2014). Essai sur l’origine des connaissances humaines. Paris: J. Vrin.

Duchet, M. (1971). Anthropologie et histoire au siècle des lumières. Paris: Flammarion.

Foucault, M. (1998). O nascimento da clínica. Tradução de R. Machado. Rio de Janeiro: Forense Universitária.

Foucault, M. (1999). As palavras e as coisas. Tradução de S. T. Muchail. São Paulo: Martins Fontes.

Lévi-Strauss, C. (1957). Tristes Trópicos. Tradução de W. Martins. São Paulo: Editora Anhembi.

Lévi-Strauss, C. (1983). Le regard éloigné. Paris: Plon.

Lévi-Strauss, C. & Eribon, D.(2005). De perto e de longe. Tradução de L. Mello e J. Leite. São Paulo: Cosac Naify.

Morice, J. (2013). “Voyage et anthropologie dans l’Émile de Rousseau”, In: Revue de métaphysique et de morale, 1, n. 77, pp. 127-142.

Prado Jr., B. (2008). A retórica de Rousseau e outros ensaios. Tradução de C. Prado. São Paulo: Cosac Naify.

Rousseau, J.-J. (1967). Correspondance Complète de Jean-Jacques Rousseau. vol. iv, R. A. Leigh (ed.). Genève: Banbury and Oxford.

Rousseau, J.-J. (1987). Du Principe de la mélodie ou réponse aux erreurs sur la musique. In: Wokler, R., Rousseau on society, politics, music and language (Texte imprimé): an historical interpretation of his early writings. New York: Garland, pp. 436-482.

Rousseau, J.-J. (1959-1995). Œuvres Complètes de Jean-Jacques Rousseau. B. Gagnebin e M. Raymond (Eds.). Paris: Gallimard.

Rueff, M. (2003). “Apprendre à voir: l’optique dans la théorie de l’homme”, In: Rousseau et les sciences, Bensaude-Vincent; Bernardi (Ed.). Paris: L’Harmattan, pp. 193-214.

Downloads

Publicado

2019-12-29

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

O olhar distanciado: o programa etnológico de Rousseau. (2019). Discurso, 49(2), 137–153. https://doi.org/10.11606/issn.2318-8863.discurso.2019.165480