Células-tronco pluripotentes e doenças neurológicas

Autores

  • Alysson Renato Muotri

Palavras-chave:

Células-tronco pluripotentes, Reprogramação genética, Doenças neurológicas, Triagem de drogas

Resumo

Grande parte do conhecimento atual dos fenótipos celulares relacionados a doenças neurológicas foi obtida a partir de estudos de tecidos cerebrais coletados após a morte do indivíduo. Essas amostras geralmente representam os estágios finais da doença e, portanto, não servem como fiel representação de como os sintomas aparecem. Além disso, nessas circunstâncias, a patologia observada pode muito bem ser um efeito secundário do processo patológico ou mesmo da deterioração do tecido em vez de um fenótipo celular autêntico. Da mesma forma, modelos animais nem sempre recapitulam exatamente a patologia das doenças em humanos. Neste artigo, pretendo apresentar uma visão crítica dos recentes avanços obtidos a partir da modelagem de doenças neurológicas humanas, utilizando células-tronco pluripotentes. O foco na reprogramação celular de células somáticas, gerando células-tronco pluripotentes induzidas, justifica-se em razão do grande potencial experimental não só para a modelagem de doenças humanas, mas também como ferramenta biotecnológica para triagem de novas drogas, contribuindo para uma futura medicina personalizada.

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Publicado

2010-01-01

Edição

Seção

Dossiê Biotecnologia

Como Citar

Muotri, A. R. (2010). Células-tronco pluripotentes e doenças neurológicas. Estudos Avançados, 24(70), 71-79. https://revistas.usp.br/eav/article/view/10493