Manoel de Barros: em que acreditar senão no riso?

Autores

  • ALBERTO PUCHEU Universidade Federal do Rio de Janeiro; Faculdade de Letra

Resumo

A poesia de Manoel de Barros toma como uma de suas forças "esses começos de coisas/ indistinta". Ao dizer que queria apenas se ser nas coisas, ele designa o poeta enquanto "o aparelho de ser inútil", alguém que, através de um trabalho de desregramento do corpo, criando "inutensílios", é colocado em fusão com as coisas e em desobediência intensiva dos sentidos da língua. Esta desobediência atua diretamente na reconstrução material da frase que, perturbando a ordem, busca dizer o inominado, o larval, os ínfimos das coisas, as pré- ou antecoisas e o inominado da linguagem.

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Publicado

2015-12-01

Edição

Seção

Crítica de Poesia II

Como Citar

PUCHEU, A. (2015). Manoel de Barros: em que acreditar senão no riso? . Estudos Avançados, 29(85), 281-293. https://revistas.usp.br/eav/article/view/108936