Desastres naturais: convivência com o risco

Autores

  • SAMIA NASCIMENTO SULAIMAN Universidade de São Paulo
  • ANTONIO ALEDO Universidad de Alicante; Departamento de Sociologia I

Resumo

Estudos sobre riscos de desastres naturais têm-se aprimorado de uma abordagem fisicalista para uma perspectiva socioambiental. No entanto, planejamento e gestão ainda seguem o paradigma antropocêntrico da superioridade humana e do poder ilimitado da ciência e tecnologia. Evidencia-se uma incapacidade cognitiva, cultural e de ação por parte de especialistas, científicos e tomadores de decisão (claimmakers) para identificar e atuar sobre as causas sociais da produção de risco. Frente a uma ciência cartesiana e positivista na resolução de problemas, baseada na segurança e controle sobre o mundo natural, propõe-se uma ciência pós-normal que considera os riscos e incertezas do conhecimento científico e das problemáticas ambientais. Essa nova proposta também incide sobre a participação e o diálogo entre stakeholders como referência para ampliar a qualidade do saber científico e o entendimento da complexidade das questões ambientais. Este artigo discute a necessidade de se promover um salto epistemológico sobre a forma de pensar e produzir conhecimentos, bem como implementar a gestão dos riscos de desastres, tendo como objeto de estudo processos de comunicação e educação para prevenção de desastres.

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Publicado

2016-12-01

Edição

Seção

Dilemas ambientais e fronteiras do conhecimento I

Como Citar

SULAIMAN, S. N., & ALEDO, A. (2016). Desastres naturais: convivência com o risco . Estudos Avançados, 30(88), 11-23. https://revistas.usp.br/eav/article/view/124259