Os gigantes da montanha e o semblante do real

Autores

  • Martha Ribeiro Universidade Federal Fluminense. Departamento de Arte e da Pós-graduação em Estudos Contemporâneos das Artes

DOI:

https://doi.org/10.5935/0103-4014.20180046

Palavras-chave:

Pirandello, Máscaras nuas, Semblante do real, Os gigantes da montanha

Resumo

A questão que acompanhou Pirandello em suas reflexões sobre o teatro, refletida em sua composição dramatúrgica, foi a convicção da impossibilidade de representar o real do personagem (a máscara) por um ator. Todo personagem pirandelliano exige que o tomemos como real. Estamos diante de um modo de pensar o teatro que revoga a representação na própria cena, apontando como impossível o ato de representar um personagem. Em nosso autor a máscara nua é um elemento de combate ao mundo sensível, nos indicando como saída a este mundo forjado, simplesmente o impensável: personagens verdadeiramente vivos, que resistem ao real intimidador do mundo sensível. Tal pensamento, que coloca às avessas o real, se materializa de forma indiscutível em Os gigantes da montanha (1936), texto deixado incompleto e construído na matéria dos sonhos.

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Biografia do Autor

  • Martha Ribeiro, Universidade Federal Fluminense. Departamento de Arte e da Pós-graduação em Estudos Contemporâneos das Artes

    é professora do Departamento de Arte e da Pós-graduação em Estudos Contemporâneos das Artes na Universidade Federal Fluminense.

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Publicado

2018-12-12

Edição

Seção

Artes e cultura

Como Citar

Os gigantes da montanha e o semblante do real. (2018). Estudos Avançados, 32(93), 297-305. https://doi.org/10.5935/0103-4014.20180046