Cairu e a patologia da Revolução

Autores

  • Pedro Meira Monteiro Universidade de Princeton; Departamento de Línguas e Culturas de Espanhol e Português

Resumo

ESTE ARTIGO pretende resgatar, em traços largos, o caráter corretivo do discurso moralizador de José da Silva Lisboa, o visconde de Cairu, em sua Constituição moral e deveres do cidadão (1824-1825), sugerido, por meio de passagens brilhantes daquele tratado, como a imagem da Revolução, espelhando-se na experiência duplamente "catastrófica" da França e do Haiti, projeta-se sobre o cenário do Novo Império que nascia. No registro conservador de Silva Lisboa, o discurso moralizador parece capaz de fundar uma nova Ordem nos trópicos, protegendo a "Mocidade Brasileira" da sedução dos princípios renovadores, mantendo firmes e bem atados os nós de um tecido social que a loucura dos revolucionários ameaçava, ao fazer despontar, no horizonte da jovem Nação, o perigo da dissolução e da corrupção do corpo político.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Downloads

Publicado

2003-12-01

Edição

Seção

História Cultural

Como Citar

Monteiro, P. M. (2003). Cairu e a patologia da Revolução . Estudos Avançados, 17(49), 349-358. https://revistas.usp.br/eav/article/view/9962