Economia verde: por que o otimismo deve ser aliado ao ceticismo da razão

Autores

  • Andrei Cechin
  • Henrique Pacini

Palavras-chave:

Economia verde, Curva de Kuznets Ambiental, Desmaterialização, Decrescimento

Resumo

A iniciativa da economia verde carrega consigo o otimismo da vontade de que a economia pode e deve ser impulsionada por investimentos em atividades limpas em contraposição à extração de recursos naturais e à indústria poluente. No entanto, existem limites à ênfase que se coloca nos aumentos de eficiência e na substituição entre setores de uma economia. Para ser verde de fato, a redução no impacto ambiental por unidade do PIB deve ser maior do que o aumento do PIB num período. Mesmo que evidências recentes mostrem que alguns países já passaram do pico no uso de materiais e energia, globalmente a extração de recursos naturais e a emissão de CO2 só tem aumentado. Uma provável causa é porque países ricos têm terceirizado as atividades poluentes para países mais pobres. É hora de trazer o ceticismo da razão para o debate e discutir seriamente o decrescimento, não do PIB ou das oportunidades de desenvolvimento humano, mas da extração de recursos e da emissão de carbono globais.

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Publicado

2012-01-01

Edição

Seção

Dossiê Sustentabilidade

Como Citar

Cechin, A., & Pacini, H. (2012). Economia verde: por que o otimismo deve ser aliado ao ceticismo da razão. Estudos Avançados, 26(74), 121-136. https://revistas.usp.br/eav/article/view/10628