A humanidade encontra sua irrelevância

Autores

Palavras-chave:

Covid-19, Indústria do Imaginário, Espírito, Cultura, Instância da Imagem ao Vivo

Resumo

Num exame da cultura cotidana (em tempos da pandemia de Covid-19) através da análise de fragmentos da Indústria do Imaginário, o presente artigo capta sinais da desvalorização do conceito ético de humanidade, seja como um condensado de valores que envolvem solidariedade e empatia, seja como expressão máxima da espécie humana no tempo e no espaço. Nesse contexto, nota-se que, como apontou Paul Valéry (conforme a leitura de Adauto Novaes), “o espírito” se tornou “coisa supérflua”. Nota-se, ainda, o rebaixamento do que se entende por inteligência humana, num processo que reduz a humanidade teria se reduzido a um expediente instrumental (um meio), e até certo ponto des cartável, colonizada pelo capital. A pandemia, como um concentrado de eventos no plano da cultura, torna tudo isso visível.

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Biografia do Autor

  • Eugênio Bucci, Universidade de São Paulo. Escola de Comunicações e Artes

    Eugênio Bucci é jornalista, graduado em Comunicação Social e em Direito pela Universidade de São Paulo, é doutor pela Escola de Comunicações e Artes da USP, onde atualmente é professor titular. @ – eugeniobucci@uol.com.br / https://orcid.org/0000-0002-5745-0171.

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Publicado

2020-08-07

Edição

Seção

Pandemia pela Covid-19

Como Citar

A humanidade encontra sua irrelevância. (2020). Estudos Avançados, 34(99), 245-260. https://revistas.usp.br/eav/article/view/173384