Os impedimentos da memória

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/s0103-4014.2020.3498.013

Palavras-chave:

Memória, História, Rememoração, Representância, Justiça

Resumo

Este artigo tem como pressuposto que a retomada do tema da memória e do esquecimento, em A memória, a história, o esquecimento, parte de uma pesquisa da “justa memória” em um cenário político francês que sofre de “bulimia comemorativa”, como denuncia Pierre Nora em Les lieux de mémoire. É apresentado o confronto entre uma concepção da memória imbuída de emoções subjetivas, em oposição ao rigor científico da história (Nora), e uma concepção da memória viva como condição transcendental de nossa relação com o passado (Ricoeur). Esse confronto se abre sobre a insistência do aspecto ético da política memorial e das práticas coletivas de esquecimento e de amnésia. Segundo Ricoeur, as hipóteses de Freud sobre a elaboração do trauma e sobre o trabalho do luto podem servir como paradigma privilegiado a esse empreendimento que visa uma narrativa histórica justa.

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Publicado

2020-07-07

Edição

Seção

Cultura

Como Citar

Gagnebin de Bons, J. M. (2020). Os impedimentos da memória. Estudos Avançados, 34(98), 201-218. https://doi.org/10.1590/s0103-4014.2020.3498.013